O GE.com apresentou o potencial que cada time para a rodada 6° do Brasileirão comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e também nos últimos seis jogos independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, são analisados 76.386 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.135 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para a produtividade atual de cada equipe.
FAVORITISMO: INTER 58% x 20% JUVENTUDE
Estarão em campo o time com mais pênaltis a favor na temporada entre os 20 da Série A (o Internacional, com nove) e o que teve mais pênaltis marcados contra (o Juventude, com seis). Assim, a defesa do Juventude precisará de cuidados redobrados, porque é grande o potencial para haver pênalti para o Inter.
O potencial para pênalti também está ligado ao fato de as duas equipes estarem entre as que mais permitiram finalizações em contra-ataques neste início de Brasileirão: o Juventude é o que mais sofreu, 14, e o Inter, o terceiro que mais sofreu. 11.
Os desempenhos no ano tornaram o Internacional um dos melhores mandantes (7 V, 2 E, 1 D, 77%), se colocando entre os melhores ataques (21 gols, média 2,10) e as melhores defesas (seis gols sofridos, 0,6), sem sofrer gol em seis dos dez jogos.
O Juventude é um dos piores visitantes (2 V, 1 E, 5 D, 29%), um dos piores ataques (sete gols marcados, 0,88) e a pior defesa forasteira (16 gols sofridos, 2,00), não sofrendo gol em apenas um dos oito jogos.
Os resultados recentes derrubaram o Internacional para a 12ª colocação na classificação do Brasileirão, com seis pontos em 15 disputados, enquanto o Juventude está no nono lugar da classificação, com sete pontos.
Depois de perder a invencibilidade no ano contra o Palmeiras (1 a 0 em casa), o Inter empatou o Gre-Nal e começou perdendo por 3 a 0 para o Nacional-URU, em casa, pela Libertadores, mas conseguiu o empate (3 a 3). Não vence há quatro jogos. Durante a invencibilidade, havia levado oito gols em 17 jogos (0,47 por jogo), e a partir do jogo que perdeu, foram cinco gols sofridos em três partidas (1,67).
O Juventude teve uma decepção diferente: venceu um dos últimos quatro jogos, mas foi o empate contra o Mirassol, em casa, a má notícia na última partida, quando a equipe perdeu o aproveitamento de 100% nos jogos quando mandante, condição que tentou manter de forma muito aguerrida até o último instante dos acréscimos. Não deu.
Esse cenário tem sido mais favorável para o Juventude, o segundo time que mais fez finalizações em contragolpes nas cinco primeiras rodadas (11) e já fez um gol assim. O Inter também já tem um gol dessa forma, em três finalizações, o time que menos concluiu contragolpes.
Também estão entre os quatro times que mais carregaram adversários com cartões por fazerem faltas para parar contra-ataques (seis a favor do Inter, maior marca, e cinco para o Juventude, quarta marca). Foi atuando como visitante que o Juventude finalizou mais em contragolpes (oito vezes). O Inter ainda não finalizou em casa assim.
Ainda que sejam clubes de tamanhos diferentes, com investimentos diferentes, dentro de campo essa disparidade apenas na comparação entre as defesas, e é muito surpreendente que o Juventude esteja com melhor desempenho no Brasileirão.
Nas primeiras cinco rodadas, o Internacional sofreu 52 finalizações, quarta menor marca, e o Juventude, 76, pior marca e 46% maior que a do Inter.
Para aumentar esse fosso que separa os desempenhos defensivos, o Inter é o quarto que menos sofre finalizações e ainda tem a terceira maior resistência, um gol sofrido a cada 17,3 conclusões contrárias, e o Juventude, além de ser o que mais sofre finalizações, tem a segunda menor resistência a elas, com um gol sofrido a cada 6,9 conclusões contrárias. O Inter sofreu três gols, e o Juventude, 11, praticamente o quádruplo.
E ainda assim, o Juventude tem um ponto a mais na classificação: o Internacional fez 59 finalizações, oitava marca (11,8), com a quinta maior eficiência, um gol a cada 11,8. O Juventude finalizou mais, 61 vezes, sétima marca (12,2), com a sexta eficiência, um gol a cada 10,2. O Inter fez cinco gols, e o Juventude, seis.
O Juventude vai precisar de cuidados no ataque com os impedimentos porque já foi flagrado em dez, 2,0 por partida, quinta pior marca, e o Internacional tem a defesa que mais deixou adversários em impedimento (15, média de 3,0 por jogo).