O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, abordou a possibilidade de interromper o Brasileirão devido às enchentes no Rio Grande do Sul durante uma reunião da FIFA na Tailândia. Ele destacou que a decisão será democrática e respeitará a vontade dos clubes, porém, alertou para os desafios adicionais que uma pausa acarretaria no já complicado calendário brasileiro.
Rodrigues ressaltou a importância de considerar o impacto econômico para os envolvidos no futebol.
"Vamos falar com os clubes, ouvindo todos de forma exaustiva e acatando a decisão da maioria. Mas sempre colocando: "Olha, temos um calendário difícil, e a paralisação de todos vai contribuir para ficar mais difícil ainda". Vou dar só um exemplo do que acontece quando o Campeonato Brasileiro para. No Maracanã, principalmente quando joga o Flamengo, que tem uma média de público alta, emprega ali no momento 1.200 pessoas. Essas pessoas não estão na folha de pagamento do Flamengo. Mas fazem seu trabalho e recebem ali sua cota. Com essa cota dão sustento as suas famílias. Ele sai dali e vai no supermercado comprar os alimentos para que suas famílias não fiquem com fome. Temos que olhar por essa ótica também. Muita gente depende do futebol", afirmou.
Até o momento, 15 dos 20 clubes da Série A demonstraram apoio à interrupção do campeonato.