Reprodução / GEO jogo contra o Bragantino neste domingo não representa apenas a luta do Internacional para permanecer na elite do futebol brasileiro. A partida pode definir se o clube gaúcho conseguirá sobreviver financeiramente ou se mergulhará em um abismo econômico sem precedentes na sua história recente, revelou Fabrício Falkowski, no Correio do Povo..
Enquanto torcedores se preparam para apoiar o time no gramado, dirigentes enfrentam nos bastidores um cenário que beira o catastrófico. A possibilidade de queda para a segunda divisão acendeu o alerta máximo: o Inter pode não conseguir pagar suas contas e ser forçado a pedir recuperação judicial, seguindo o mesmo caminho de outros clubes brasileiros em situação similar.
A matemática é cruel e os números não mentem. Especialistas em gestão esportiva são categóricos: um clube que cai para a Série B perde entre 30% e 50% de suas receitas praticamente da noite para o dia. E quando essa instituição já está afogada em dívidas, como é o caso colorado, o resultado pode ser terminal.
A dívida do clube deve fechar 2024 beirando a marca de R$ 1 bilhão. Apenas os juros dessa montanha de débitos consomem cerca de R$ 80 milhões por ano. Para ter uma dimensão do problema: mesmo com receitas de R$ 621 milhões em 2024, impulsionadas por vendas de jogadores que alcançaram R$ 258,3 milhões, o Inter ainda fechou o ano no vermelho, com prejuízo de R$ 34,5 milhões.
Se o rebaixamento vier, o primeiro golpe virá da televisão. O Inter projeta receber R$ 195,5 milhões em direitos de transmissão para 2025, sendo R$ 142,9 milhões apenas pela Série A. Na segunda divisão, esse valor despenca para míseros R$ 10 milhões. É uma queda de 90% que, sozinha, inviabilizaria o orçamento de qualquer clube.
Mas a sangria não para por aí. O Banco Alfa, patrocinador máster que injeta R$ 50 milhões anuais nos cofres colorados, tem cláusulas contratuais que preveem reduções automáticas e multas caso o time seja rebaixado. E a relação já mostra sinais preocupantes: a instituição financeira não pagou a parcela de outubro e está perto de completar dois meses de atraso.
Patrocínios menores também devem desaparecer ou diminuir drasticamente. Sócios-torcedores costumam cancelar suas mensalidades aos montes quando o time cai. A bilheteria encolhe. E tem mais: sem disputar competições sul-americanas da Conmebol, outra fonte importante de receita simplesmente evapora.
A valorização do elenco, estratégia que o Inter tem usado como tábua de salvação nos últimos anos, também seria severamente comprometida. Jogadores negociados a partir da Série B valem muito menos no mercado, reduzindo uma das poucas alternativas que o clube tem para gerar caixa rapidamente.
O termo "default" assusta o mercado financeiro porque significa exatamente o que o Inter pode enfrentar: a incapacidade total de honrar compromissos básicos. Empréstimos não pagos, fornecedores sem receber, impostos atrasados, direitos trabalhistas pendentes. As dívidas se acumulam, os juros explodem, credores perdem a paciência e o ciclo se torna irreversível.
Na Copa do Brasil, única competição nacional que o clube ainda disputaria, as premiações só compensariam as perdas se o Inter chegasse pelo menos às quartas de final. Uma aposta arriscada demais para basear qualquer planejamento financeiro sério.
O Internacional convive com endividamento crônico há mais de uma década, sempre equilibrando-se na corda bamba entre pagar dívidas antigas e contrair novas para manter o futebol competitivo. Mas a corda está cada vez mais fina, e uma queda para a Série B pode ser o empurrão final que faltava para o desastre completo.
O fantasma que ronda o Beira-Rio não é apenas o rebaixamento esportivo. É a possibilidade real de um colapso institucional que pode levar anos para ser revertido, se é que será possível reverter.
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