Segundo o jornalista Marcel Rizzo, em seu blog no UOL, levar 32 times para o mesmo país (no caso o Uruguai, segundo recente informação do Ovacion, de Montevideo) e disputar 93 partidas é completamente inviável.
Mesmo assim, estaria ocorrendo um lobby. Cartolas e políticos de países que têm se saído melhor no controle à covid-19, como Argentina, Uruguai e Paraguai, têm levantado essa possibilidade, principalmente em contato com jornalistas de seus respectivos países.
O único plano da Conmebol no momento é terminar suas competições do modo tradicional, cada time jogando em seu país, mas estendendo o torneio por 2021, provavelmente até fevereiro. Esse cenário é viável se os jogos retornarem em setembro, que hoje é o objetivo da entidade.
Há obstáculos? Claro. Países como Brasil, Chile e Peru passam por dificuldades para conter o novo coronavírus e há dúvidas de como o acesso de estrangeiros a esses países estará nos próximos meses. Se as fronteiras estiverem fechadas, como jogar Libertadores e Sul-Americana? Difícil e é por isso que vez ou outra alguém lança a ideia de sede fixa.
Mas além da questão da quantidade de times que precisariam se fixar em um ou dois países, há o calendário. Digamos que a Conmebol decida enfiar 32, ou até 64 times, em um mesmo país para uma maratona de partidas. Quanto tempo isso demoraria? Na Libertadores, com dois jogos por semana para respeitar o descanso dos atletas, seria preciso um mês e meio.
Como você deixaria um time brasileiro 45 dias em um mesmo país sendo que o Brasileiro estará rolando ao mesmo tempo? Quem propõe sede fixa esquece que os torneios nacionais deverão estar em andamento. Na CBF, o discurso interno é de priorizar a Série A e que os jogos pela América do Sul podem demorar um pouco mais a acontecer.
A Conmebol quer, e provavelmente vai, terminar a Libertadores e a Sul-Americana 2020. Mas não será em sede fixa e dificilmente este ano...