Tiro no pé? LFU deve gerar menos recursos que clubes da Libra

Texto por Colaborador: Redação 17/09/2024 - 19:30

Pouco mais de um ano após o SCI ingressar na Liga Forte Futebol (LFU), com a aprovação do Conselho Deliberativo, o modelo de negócio adotado já começa a apresentar sinais de desgaste. Embora os dirigentes colorados ainda não tenham feito um comunicado oficial, o clube, assim como outras equipes que integram a LFU, busca uma maneira de recomprar parte dos 20% dos direitos de transmissão que foram vendidos a investidores como parte do acordo inicial. A preocupação central é que o Inter, junto com os outros times da LFU, pode perder competitividade no médio e longo prazos em relação aos clubes da Libra, como o Grêmio, que não negociaram os direitos de mídia, revela o Correio do Povo.

O acordo original envolvia a cessão de 20% dos direitos de TV do Inter por um período de 50 anos, em troca de R$ 218 milhões. Deste valor, metade já foi paga ao clube no ano passado, e o restante está previsto para ser quitado em duas parcelas de R$ 54 milhões, sendo uma agora em setembro e outra em maio de 2025. No entanto, por ter adiantado esses recursos, o Inter receberá menos ao longo das próximas décadas em comparação com seus rivais que fazem parte da Libra, o que pode impactar negativamente na formação de elencos mais competitivos no futuro.

Especialistas apontam que os R$ 218 milhões acordados são baixos, especialmente levando em consideração o potencial de valorização dos direitos de mídia nos próximos anos. Por isso, há um movimento entre os clubes para reverter, ao menos parcialmente, essa venda. A ideia é recomprar 10% dos direitos de mídia, abrindo mão das parcelas que ainda estão por receber dos investidores.

Em uma troca de mensagens, Carlos Gamboa, representante da Life Capital Partners (LFC) — um dos grupos envolvidos na negociação original —, foi questionado sobre a viabilidade dessa recompra por parte dos clubes. Gamboa indicou que há uma "grande chance" de isso acontecer, confirmando também que os valores permanecem os mesmos do acordo original.

Outro fator que pesa nessa movimentação é que os investidores estão enfrentando dificuldades para cumprir os prazos de pagamento acordados, especialmente com os clubes da Série B. Dessa forma, a recompra de parte dos direitos seria algo vantajoso para ambas as partes envolvidas.

Com o atraso no recebimento dos R$ 54 milhões previstos, o Inter precisará encontrar alternativas financeiras para fechar as contas até o final do ano. Como a venda de jogadores não é mais uma opção, devido ao fechamento da janela de transferências nos principais mercados, a principal preocupação da diretoria será garantir que os salários dos atletas sejam pagos em dia.

Via CP

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