O atacante equatoriano Enner Valencia disse na terça-feira, após marcar o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Peru pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026, que não tem conhecimento das críticas que recebeu nas últimas semanas nas redes sociais, após o pênalti perdido contra a Argentina na Copa América.
“Não uso redes sociais, quando descubro alguma coisa é porque minha família ou um amigo me mandam coisas, mas não descubro o que as pessoas estão falando”, declarou Valencia, capitão da seleção equatoriana em entrevista coletiva histórica ao anotar o 42° gol por seu país.
“Foco em me entregar cem por cento à seleção, tentando dar o meu melhor para dar resultados para todo o país. Sabemos que há interesses por aí e alguns querem que um ou outro jogue”, acrescentou.
Valencia indicou que se sentiu muito bem jogando no estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, porque pôde ouvir inúmeras vezes seu nome, assim como o de outros jogadores do time.
Reconheceu que “é normal as pessoas ficarem impacientes” quando o adversário está concentrado na defesa e o gol não surge, mas defendeu a calma. “O gol pode surgir no primeiro minuto ou aos 90 minutos”, acrescentou.
Nesta, o gol surgiu aos 54 minutos, num cabeceamento poderoso do Valência à queima-roupa do arco, após cruzamento da direita de Alan Franco.
“Quando marquei, a primeira coisa que pensei foi agradecer aos meus companheiros por essa concentração que tem sido maravilhosa. “É a minha gratidão a todos eles”, indicou Valencia.
“Quando você não marca você vai para casa frustrado, e isso já aconteceu em muitos jogos, mas é preciso manter o foco. Tanto a comissão técnica quanto os meus companheiros me deram muita confiança para continuar representando um país inteiro. Aqui no estádio eles sempre apoiaram e para eles são esses três pontos”, acrescentou.
O camisa 13 colorado agradeceu o apoio que lhe foi dado desde o início pelo novo técnico do Equador, o argentino Sebastián Beccacece, que não duvidou dele para mais uma vez comandar o ataque mesmo após ficar surpreso ao saber que já fazia quase seis anos que não marcava pela seleção em Quito.
“Apesar de tantos jogos em que não consegui marcar em Quito diante do nosso povo, conseguimos a classificação para a Copa do Mundo. Quando o grupo se soma, o indivíduo fica para trás. Adoraria marcar em todos os jogos, mas se não o fizer, fico feliz que outros companheiros marquem e nós ganhemos", disse ele, em citações via El Universo.