Texto por Colaborador: Redação 13/04/2022 - 17:00

Um velho ditado no futebol diz que "a defesa é o melhor ataque", e essa máxima quase sempre se mostra verdadeira quando embasada pelas estatísticas. Dos últimos campeões nacionais, com exceção do Flamengo em 2019 e 2020 (equipe baseada em outras vertentes e com poderio técnico ofensivo acima dos demais), todos os campeões possuem a melhor defesa, de 2015 para cá. A mesma regra geralmente também vale para os 6 primeiros colocados, onde raramente uma equipe desajustada na retaguarda, vai longe.

Ter uma fortaleza consistente atrás te permite menos esforço no outro extremo do campo, além de contar com uma fator inerente ao próprio esporte bretão, de que construir é sempre mais difícil do que destruir. Nesse sentido, portanto, das inúmeras carências observadas no trabalho de Alexander Medina, o fator sistema defensivo salta aos olhos como praticamente varzeano. Vamos entender o porquê?

Segundo levantamento do Futdados.app (@FutDados), especialista em dados estatísticos, o Colorado registra até aqui nesta temporada a terceira pior defesa entre os 20 times da Série A, mesmo disputando uma mísera partida contra um rival realmente poderoso, como o Atlético-MG. Com inacreditáveis 19 gols sofridos, a média de 1,19 gol por jogo só está abaixo de Santos e Botafogo, penúltimo e último, respectivamente.

Após Victor Cuesta ser considerado o grande vilão (assim como outras peças defensivas como Rodrigo Dourado), fato é que independente das peças, sejam recém chegadas ou não, o SCI de Medina não funciona atrás, explicando em grande parte o fracasso de seu trabalho nestes primeiros meses.

Segundo dados do Somos Colorados.com, dos 19 gols sofridos em 16 jogos, em apenas 6 partidas o Colorado saiu com o zero em sua meta. Em relação ao tipo de gol sofrido, 13 deles foram oriundos de jogada, 3 de cabeça, 2 de pênalti e 1 de falta. 

Tentanto reverter a situação, a direção alvirrubra trouxe uma série de reforços ofensivos nesta semana, crente que o problema está sobretudo no ataque - que diga-se de passagem também não é eficiente - com apenas 16 gols anotados, média de 1 por jogo. No entanto, seria esse realmente o caso? ou a falta de qualidade coletiva e estratégias erradas explicam esses números? 

No outro extremo, o Fluminense de Abel Braga, com um elenco bastante parecido ao nosso, lidera o quesito, com uma média de gols sofridos de apenas 0,43, isso mesmo enfrentando adversários imensamente mais poderosos entre Flamengo 3x e Libertadores. 

Nesse prisma, o foco da direção não parece indicar a urgência na formação de um time "propositivo", mas eficiente defensivamente. Sem esse alicerce, não há depois nem muito menos um modelo visionário para adiante. 

Confira o levantamento: 

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