Texto por Colaborador: Redação 29/07/2025 - 03:00

A polêmica envolvendo Léo Jardim, do Vasco, ainda repercute após o empate com o Internacional no domingo (27). O arqueiro foi expulso no segundo tempo ao receber dois cartões amarelos por demora na reposição de bola, a famosa "cera".

A decisão arbitral gerou indignação entre torcedores e comissão técnica vascaína, que questionaram o critério adotado. O episódio reacendeu um debate antigo no futebol brasileiro: fazer cera é exceção ou prática comum entre os goleiros?

Ranking exclusivo revela dados surpreendentes

Um levantamento exclusivo mostrou que essa tática é bem mais frequente do que muitos imaginam. Diversos arqueiros da Série A aparecem em ranking que mede o tempo de paralisação causado por atendimentos ou simulações, incluindo Sergio Rochet, do Internacional.

Rafael, do São Paulo, lidera com oito interrupções e total de 14 minutos e 1 segundo de bola parada. Logo atrás vem Léo Jardim, com seis paradas e 11 minutos e 28 segundos de jogo travado.

Rochet, embora tenha sido atendido apenas três vezes, acumulou 6 minutos e 1 segundo de paralisação. Esses números o colocam em posição discreta no ranking absoluto, mas em terceiro lugar quando o critério analisado é o tempo parado por minuto jogado.

Ou seja, proporcionalmente, o goleiro uruguaio do Inter contribui mais para a lentidão da partida do que nomes como Cássio (Cruzeiro), Tiago Volpi (Grêmio) e Everson (Atlético-MG), que aparecem com mais atendimentos, mas menor impacto no ritmo de jogo.

Arbitragem pode estar endurecendo

O tema ganha ainda mais relevância pelo histórico do árbitro Flavio Rodrigues de Souza, que já havia expulsado Gustavo, do Juventude, em 2024, pelo mesmo motivo. Na ocasião, ele foi avisado por um jogador do Bahia de que já havia aplicado o primeiro amarelo.

Embora a cera ainda seja usada como recurso estratégico por muitos times no futebol nacional, há sinais de que a arbitragem esteja endurecendo sua postura. A dúvida agora é se esse rigor será aplicado de maneira uniforme ou se novas controvérsias continuarão surgindo, como no caso ocorrido no Beira-Rio.

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