Texto por Colaborador: Redação 04/06/2025 - 01:00

Técnico do Inter nas últimas três rodadas do Brasileirão de 2016, Lisca falou sobre o rebaixamento do clube em entrevista ao jornalista Filipe Gamba. O treinador afirmou que, mesmo com mais tempo no cargo, não acredita que teria evitado a queda.

“Acho que não. Da maneira que estava, hoje vendo tudo que passou, acho que não”, disse. Ele comandou o time na derrota para o Corinthians, na vitória sobre o Cruzeiro e no empate contra o Fluminense — resultados que deixaram o clube com 43 pontos, dois a menos que o Vitória, primeiro fora da zona de rebaixamento.

Lisca também comentou o clima interno nas últimas semanas do campeonato, agravado pelo acidente da Chapecoense.

“Os jogadores não queriam jogar. Eles se manifestaram que não iam entrar em campo. Essa foi uma das maiores experiências da minha vida, porque nunca tinha acontecido isso comigo. Eu cheguei no CT e eles estavam reunidos. Me chamaram e comunicaram: ‘nós vamos nos posicionar que nós não vamos jogar’. Eu falei: ‘mas como? Isso não existe’. ‘Ah, por causa disso, por causa da polêmica, da celeuma, da entrevista’. Aí consegui botar a direção com os jogadores para conversarem, mas eles chegaram à conclusão que era isso que tinha que acontecer. Aí os jogadores falaram, deram entrevista, de que pode terminar o campeonato. Estava muito confuso.”

Sobre as consequências da queda, Lisca avaliou que o rebaixamento acabou sendo um marco de transformação no clube. “Acho que até hoje dá para falar que até foi positivo, porque até veio à tona muita coisa. Se mexeu em muita coisa que não se mexeria talvez se o time tivesse permanecido. É ruim tu falar isto, mas, para a instituição, bater lá no fundo do poço é um bom caminho para tu voltar forte. Acho que aconteceu o que tinha que acontecer.”

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