Confira o compilado com algumas opiniões da imprensa na sequência da derrota vermelha no GreNal 423, o primeiro de Coudet pelo Inter, neste sábado (15/2), no Beira-Rio. De maneira geral, elogios ao segundo tempo e muitas críticas a opção por Fuchs e Musto (ao lado de Lindoso). Confira abaixo:
LELÊ - GAÚCHA ZH
Não é fácil ganhar Gre-Nal. Com um a menos, complica ainda mais. E por incrível que pareça, o Inter esteve bem mais perto do gol com 10 em campo. A expulsão patética de Musto — que, até agora, não justificou sua contratação, muito menos sua titularidade — acabou melhorando o time de Coudet, que criou muito mais chances no segundo tempo. Porque o primeiro foi lamentável.
A atuação dos primeiros 45 minutos só não foi uma completa tragédia porque o VAR anulou dois gols do Grêmio. Um time preguiçoso e burocrático, com muita possa de bola, mas sem nenhuma agressividade. O desgaste de jogar com 10 tem seu preço e talvez isso explique a facilidade que Diego Souza teve para subir sozinho e fazer o gol nos descontos, quando todo mundo achava que iríamos para os pênaltis. Mais um gol de bola aérea. E dessa vez, Moledo não estava em campo. Será que levaríamos este gol, com ele ali?
Não sei se era a hora desta mudança, depois de quatro jogos sem tomar gol. Coudet vai ter de analisar bem isso, assim como a titularidade de Musto. São duas questões bem importantes pos se repetirmos os primeiros 45 minutos deste sábado (15) contra o Tolima, perderemos novamente.
CRISTIANO OLIVEIRA - GUAÍBA
O 1º tempo foi controlado pelo Grêmio, mesmo sem a bola. Perdeu uma chance clara e fez dois gols anulados.
No 2º, mesmo com um a menos, o Inter se impôs, obrigando Vanderlei a praticar grandes defesas.
No fim, o centroavante: Diego Souza decisivo.
Musto, experiente, parecia um menino de 17 anos no lance da expulsão, tamanha a infantilidade.
Bruno Fuchs errou muito na saída de bola, que em tese é seu ponto forte. Não foi bem.
Guerrero, outra vez, reclamou muito e jogou pouco. E a bola chegou.
Víctor Cuesta fazia um Grenal em altíssimo nível, mas sua falha de posicionamento foi decisiva no gol.
Edenílson, chegando de trás, foi muito participativo e importante. Foram 3 finalizações muito perigosas e um elemento que preocupou a defesa gremista o tempo inteiro.7
Coudet poderia voltar do intervalo já com Marcos Guilherme. Demorou para mexer.
Depois, foi colocar Zé Gabriel e Galhardo lá aos 43 e 48 minutos. Demorou muito.
Outro equívoco foi sacar Boschilia, que aparecia chegando na frente e tem boa finalização.
GABRIEL CORRÊA - BAND-RS
O Inter soube aproveitar bem estes espaços no meio com Lindoso, Edenílson e D'Alessandro buscando o centro. Por isso a sensação de que controlou a partida em alguns momentos. Sobre estas mudanças: Lindoso, jogando de frente para jogada, rende mais. Sempre que está "de costas", falta agilidade para sair jogando. No Grêmio, a equipe perdeu o poder de pressão no meio que tinha "apenas" Matheus Henrique, mas ganhou em velocidade para contragolpear.
Revisto o Grenal 423, nem ao céu, nem ao inferno para nenhum dos dois lados.
Sobre o gol: Fuchs está vigiando Pepê e persegue o jogador (movimento normal dentro do modelo) e fecha o espaço, o jogador recua para Éverton que busca sua jogada para área. Moisés e Cuesta não percebem o movimento de Diego Souza entre os dois e deixam o 29 cabecear.
De maneira geral, me pareceu um ótimo Grenal, como há algum tempo não víamos. Diferentes situações e escolhas durante o jogo e variações interessantes. De um lado, um trabalho bem consolidado do Grêmio com Renato. Do outro, a busca pela compreensão do modelo com Coudet.
DIOGO OLIVIER - GAÚCHA ZH
Um clássico ofensivo e corajoso. Curiosamente, o Inter melhorou no segundo tempo, quando teve um jogador a menos, a partir da expulsão de Musto. E o Grêmio, bem superior nos 45 minutos iniciais, caiu de rendimento na segunda etapa.
Coudet apostou em Bruno Fuchs, não deu certo. O jovem zagueiro não fez a saída de bola melhorar e mostrou insegurança no confronto com Diego Souza. Estrategicamente, o Grêmio deixou a bola com o Inter, acreditando na saída de trás colorada defeituosa. Funcionou bem até a expulsão de Musto, sempre fechando os lados para o Inter e trazendo o time de Coudet para dentro.
Na segunda etapa, Coudet foi corajoso. Mesmo com um a menos, atacou. Reagrupado em linhas de quatro, criou e perdeu várias chances. Um Gre-Nal de luxo, vencido apenas nos acréscimos.
GUERRINHA - RÁDIO GAÚCHA
Foi um Gre-Nal de dois tempos distintos. Nos primeiros 45 minutos, diferentemente do que normalmente acontece, o Grêmio, com uma escalação diferente, jogou sem a bola, mas foi quem mereceu marcar. Na segunda etapa, mesmo com um a menos, o Inter foi quem mais andou perto de abrir o marcador.
E, quando tudo parecia encaminhado para a decisão nos pênaltis, o Grêmio fez valer a eficiênca. Ficou bem a vaga para a turma de azul e a certeza de que o time vermelho precisa ser repensado.
MAURÍCIO SARAIVA - GE
O Inter superior com um a menos no segundo tempo se explica pela redistribuição em campo com jogadores nos seu lugares e nas funções que são aptos a cumprir. Antes, o time de Coudet levou uma roda do Grêmio. Lindoso e Musto, juntos, não funcionaram de novo. São o mesmo jogador, se sobrepõem.
Na expulsão de Musto, o Inter melhorou, organizado e valente, teve mais chances do que o rival. Quando cansou, a qualidade individual superior gritou. Everton deu passe com a mão para o gol de centroavante de Diego Souza. Ainda assim, Renato tem nas mãos mais recursos humanos. Foi a diferença.