Texto por Colaborador: Redação 06/06/2025 - 05:00

Em contato com uma fonte influente do clube, a Rádio Inferno apurou que o orçamento do Inter para a próxima janela é extremamente limitado. Assim como no início do ano, não há previsão de grandes contratações — apenas reforços pontuais para suprir carências do elenco.

A prioridade, segundo a direção, é recuperar os atletas lesionados, que hoje formam quase um time inteiro no departamento médico. Ainda que o clube possa receber um valor pela revenda de Johnny, do Betis, ou por eventuais negociações de jovens da base, isso não elimina a possibilidade de uma grande venda nesta janela. O caixa continua apertado.

Apesar da necessidade de se reforçar diante do calendário apertado e das recorrentes lesões, a torcida deve conter a empolgação. A ideia é ir ao mercado, sim — mas sem expectativa de nomes badalados, aeroportos lotados ou recepção com festa. O Inter promete reforços, mas dentro da realidade financeira do clube. Um dirigente envolvido nas tratativas foi direto: “O Inter não suporta contratações caras.”

A situação é explicada pelos números. Só em 2024, o déficit acumulado foi de R$ 34,4 milhões. A dívida total já bateu R$ 860 milhões, exigindo cerca de R$ 80 milhões por ano apenas com pagamento de juros — valores que, em outro cenário, poderiam bancar a chegada de um novo volante, por exemplo.

Quem esperava algo semelhante a 2024, quando vieram Borré, Thiago Maia e Fernando, precisa se adaptar ao novo perfil. Em 2025, chegaram nomes mais modestos como Ronaldo, Tabata e Carbonero. O próximo da lista será o lateral-direito Alan Benítez, de 31 anos, que ficará livre no mercado após deixar o Cerro Porteño — uma contratação sem custo de transferência.

Após a vitória sobre o Bahia, que selou a vaga nas oitavas da Libertadores, o presidente Alessandro Barcellos foi claro:

“O Inter não tem condições de fazer grandes investimentos agora, mas vamos reforçar o time. Estamos avaliando jogadores livres ou com custos que possamos equacionar ao longo do tempo. É um xadrez. Temos que agir com responsabilidade. Não faremos loucuras.”

Ou seja, os reforços virão — mas dentro de um padrão econômico modesto, e com muita cautela.

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