O ex-lateral-direito Nei, atualmente treinador de futebol, relembrou sua experiência com o Internacional na altitude de La Paz, Bolívia, em 2012, pela fase inicial da Copa Libertadores. Na ocasião, o adversário era o The Strongest, que liderava o placar por 1x0 até os minutos finais, quando o centroavante Gilberto, hoje atleta do Cruzeiro, conseguiu o empate após uma bola alçada na área, resultando em um placar de 1x1.
Nei, que estará torcendo pelo Internacional no confronto contra o Bolívar na próxima terça-feira, compartilhou sua perspectiva sobre jogar em alta altitude e as implicações no estilo de jogo. Ele enfatizou que o jogo se torna mais rápido devido à falta de oxigênio, e embora haja essa pressão, alterar drasticamente a abordagem de jogo pode ser prejudicial:
“Tudo fica mais rápido. Cometíamos mais erros de passe até nos adaptarmos. Alguns jogadores até enfrentaram dificuldades. No meu caso, a bola voava mais. Chutar era mais favorável. Falando como treinador, eu sou adepto da posse de bola. É importante jogar da maneira à qual estamos acostumados. Mudar lá é pior, é um convite ao erro”, explicou o ex-jogador em entrevista ao site GZH.
Ainda conforme o zagueiro Fernando Martelli, brasileiro radicado na Bolívia há mais de 10 anos, do The Strongest, o fator local pesa:
"Eles normalmente saem a pressionar desde o primeiro minuto. Não deixam respirar, marcam alto. E também jogam rápido, não perdem tempo com lateral e escanteio. Precisa estar atento a isso".
A partida entre Bolívar e Internacional pela primeira partida das quartas de final da Libertadores ocorrerá na terça-feira seguinte, às 19h. A disputa pela vaga continuará na semana seguinte, também numa terça-feira, no dia 29, no Beira-Rio. O vencedor dessa fase enfrentará o vitorioso do duelo entre Olimpia e Fluminense nas semifinais.