Este domingo (24) foi de boas recordações para os colorados. Enquanto a RBS repetia o VT da grande decisão contra o São Paulo, de 2006, da Libertadores, a Rádio Bandeirantes retransmitiu o título mundial alvirrubro, com entrevistas especiais e análise contextualizada. Falando com diversos personagens da histórica vitória sobre o Barcelona, em Yokohama, confira alguma das principais declarações de jogadores e do presidente Fernando Carvalho.
Fernando Carvalho
"Eu só tive a certeza de que nós ganhariamos quando o árbitro apitou o fim do jogo. Porque o Barcelona era uma seleção. Eu como torcedor, sempre fui muito desconfiado e só fui acreditar quando acabou mesmo."
"Houve a surpresa. Tenho uma amizade com o Deco e ele fala que a marcação foi muito criteriosa e um dos pontos fortes da equipe. Mas acima de tudo nós cuidamos do detalhe."
"O Abel observou jogos contra o Real Madrid e Chelsea, que venceram o Barça e viu que o segredo era pressionar a saída de bola deles. Isto deu a chance para a gente equiparar as ações."
Ceará
Sobre marcar Ronaldinho: "Esta sempre foi a minha maneira de ser. Não dou muito espaço, mas tenho uma boa leitura para não ser desleal. Na minha carreira toda eu só levei um cartão vermelho (...) Eu me lembro de uma frase do Ronaldinho só. Foi depois de uma chegada do Edinho. Ele disse que podia chegar junto só não era pra machucar ele."
Rubens Cardoso
"O Abel nos passou muitas instruções no intervalo. Era um momento para respirar, descansar, mas também ouvir o que o professor tinha de ajustes (...) Nossa atenção era toda voltada ao Ronaldinho. Ele não podia ter espaço, sabíamos que seria crucial. Precisávamos estar sempre compactos, esse era o nosso foco. A orientação (no intervalo) era de seguirmos focados, sem perder a bola após retomá-la. O Abel passou que era fundamental atacar com mais intensidade, mas sem desorganizar atrás".
"Estudei muito os movimentos dos jogadores que jogavam do meu lado. Vi muitos vídeos do Belletti, do Zambrotta e do Deco também, que caía pela direita. Foi uma preparação intensa"
Iarley
"Tínhamos um time com muita qualidade. Nós respeitávamos o Barcelona, mas não tínhamos nem um pouco de medo. Procuramos jogar de igual para igual (...) Quando dou o corte no Puyol, espero a movimentação do Gabiru. Ele estava bem posicionado, mas muito perto do impedimento. Dei um passe com a parte de cima do pé, com velocidade, para que o Belletti não chegasse"
Lance do gol: "Precisamos falar do mérito do Gabiru. Ele domina preparando para o chute, e, ao contrário do que dizem, ele bateu certo na bola, do jeito dele, que nem ele fazia no treino (...) Vamos dizer assim então: eu consagrei o Gabiru, e ele consagrou todos nós. Nós ganhamos duas bolas de cabeça. Gabiru, Luiz Adriano. É outro detalhe interessante".
"A gente não tem dimensão. A ficha vai caindo muito tempo depois, quando começamos a ver a repercussão (...) Poderia ser qualquer time no dia da final que a gente ganharia. Atingimos uma maturidade muito grande, um nível muito bom. O elenco era excelente. O Fernandão já tinha me falado que ia sair. O Índio também se machucou, mas não saiu e continuou com o nariz quebrado. Foi muito guerreiro".
Gabiru
"Vejam o gol que eu fiz, não errei nada. Bati certo na bola, bati de chapa. Fiz o gol no Mundial, fiz gol na Libertadores. Fiz muita coisa (...) Eu disse pra eles, eu nem imaginava que ia entrar na final. Podia ser o Michel, podia ser outro. Eu era meia-atacante, mas o Abel confiou".