O São Paulo considerou a possibilidade de construir um campo com grama sintética em seu centro de treinamento, mas agora deseja iniciar um debate sobre o uso desse tipo de superfície, especialmente devido às lesões.
O foco principal da discussão é o aumento de lesões que ocorreram em gramados sintéticos, como as contusões graves sofridas por atletas como Galoppo e Ferraresi em jogos no estádio do Palmeiras. O clube decidiu não mais seguir adiante com a ideia de instalar um campo sintético em seu CT, apesar de ter estimado um custo de cerca de R$ 5 milhões no início da temporada.
Em declarações ao GE, o Diretor do clube do Morumbi fala sobre planejamento do clube paulista avaliou o tema: "A gente tem conversado bastante aqui e isso mudou um pouco. Temos visto a quantidade de lesões que têm ocorrido nos campos sintéticos. A NFL, por exemplo, está no processo contrário, buscando diminuição dos campos sintéticos (...) Achamos que tem que ser ao menos rediscutida essa questão no futebol. Vivemos em um país tropical. É fundamental que a gente estude a possibilidade de ter no Brasil só campos de grama ou, no mínimo, campos híbridos, como é o do Corinthians (...) Não sou a favor que os times da primeira divisão tenham sintéticos. A grande maioria dos campos é de grama natural, e a grama sintética faz a diferença a favor do time local. Além disso, o sintético do Palmeiras está muito desgastado e a bola passa muito rápido. Parece um daqueles sintéticos para jogar futebol de 5. Não é fácil jogar nesse tipo de campo. É uma opinião pessoal minha, do departamento de futebol. E claro que já conversei sobre o tema com o presidente Júlio (Casares). Não vamos encampar uma campanha, seria deselegante com os times que têm campo sintético, mas é uma questão que colocamos para análise", pontuou.
Na Série A, estádios de Athletico-PR, Botafogo e Palmeiras utilizam grama artificial. O São Paulo possui um acordo com o Palmeiras para utilizar o Allianz Parque em jogos quando o Morumbi não está disponível devido a eventos como shows.
Além disso, o clube está em negociações com a concessionária responsável pelo Pacaembu, que terá gramado sintético em sua reabertura, prevista para 25 de janeiro.