Texto por Colaborador: Redação 11/05/2020 - 16:03

Em entrevista publicada pelo GaúchaZH nesta segunda-feira (11), Walter Feldman, secretário-geral da CBF, traçou os rumos que o esporte terá no país em um cenário pós-pandemia. Confira os principais tópicos:

Como a CBF acompanha a possibilidade da volta do futebol no Brasil: "Vivemos um período dramático da epidemia. Mas o sistema do futebol seguiu trabalhando muito. Não temos jogo oficial, mas estamos trabalhando de forma articulada, entre federações e clubes, com sistema de teleconferência, em conjunto com a Comissão Nacional de Clubes. Temos um encaminhamento, esta é a melhor definição. Na última reunião com os clubes, com 81 participantes, logo após uma reunião com as 27 federações, encaminhamos o retorno aos treinos. Seguindo um protocolo rigoroso e um acompanhamento constante de diferentes áreas. Aí vamos ver se podemos dar os próximos passos. Foi discutido com o Ministério da Saúde. Também estamos falando com infectologistas para ter um retorno gradual e seguro".

"A retomada de uma atividade só não se dá quando existe uma proibição expressa, uma portaria, um decreto. Os campeonatos brasileiros de Séries A, B, C e D envolvem mais de 100 cidades. Em todas terá de haver avaliação, por isso a importância das federações. No Rio Grande do Sul, o Luciano Hocsman, acompanhado do histórico Novelletto (Francisco, ex-presidente da FGF), terão de fazer as relações públicas na área de saúde, e onde houver proibição, isso não poderá ocorrer e será respeitado. Mas com o tempo vai se aproximando".

CBF pretende manter o Campeonato Brasileiro com pontos corridos em 38 rodadas: "Desde a paralisação começamos a montar cenários. Até especulamos internamente que devem haver 37 cenários. Hoje temos a convicção de que a epidemia vai se espalhar pelo Brasil de maneiras diferentes. Estamos preocupados aí no Sul com junho e julho, por conta do período mais frio. A situação já está dramática em São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Ceará e Pernambuco. O cenário hoje é conservador em termos de manutenção do calendário geral das competições. Temos margem de funcionamento e adaptação de um cenário positivo. Se a epidemia piorar, vamos ter de aplicar outro cenário. O cenário hoje é conservador em termos de manutenção do calendário geral das competições. Temos margem de funcionamento e adaptação de um cenário positivo. Se a epidemia piorar, vamos ter de aplicar outro cenário".

Cogita-se a possibilidade de adequar o calendário do futebol brasileiro ao europeu?: "Não. Sempre que isso é colocado, discutimos com o presidente Rogério Caboclo, que é uma figura versada em administração, finanças e questões jurídicas. Ele entende muito de futebol e hoje tem articulação importante junto a Fifa e Conmebol. Há convicção no nosso calendário brasileiro, que é tropical e não deve ser comparado ao europeu. Tem outras características climáticas, de funcionamento do ano. Ele diz que a mudança de calendário é uma mudança de convicção e não de oportunidade".

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