Reprodução / TV INTERDeclarações
Texto por Colaborador: Redação 06/09/2020 - 12:02
João Patricio Hermann, vice-presidente eleito colorado, concedeu entrevista neste sábado (5) ao programa Bandeirantes Futebol Clube, da Rádio Bandeirantes, falando sobre o momento financeiro do clube. Ainda que reconhecendo as dificuldades e o legado negativo recente, o dirigente transpareceu ser um problema "contornável".
"Pra quem tem um orçamento como o Inter, um empréstimo bancário de 118 milhões não é impagável. O problema do Inter financeiramente é que tem um déficit mensal de muito tempo que come parte de todas rendas (...) O déficit do Inter é administrável, é óbvio que é um valor que nos desconforta, mas temos um patrimonio de mais de um bilhão de reais. A saída é gastar menos e receber mais, é o beabá", iniciou Hermann, para complementar. "O primeiro orçamento do Inter era em torno de RS 15 milhões de déficit no ano. Vamos fechar um novo orçamento, ainda com um déficit importante e mensal, mas vamos apresentar ao conselho nesse mês ainda.Tivemos vários valores que acabaram não entrando".
Ainda que o déficit tenha aumentado consideravelmente na pandemia, o Internacional tem inúmeros recursos por entrar, revelou. "A própria Turner vai pagar um valor significativo no ano que vem, então não vai entrar no balanço desse ano. Tinhamos uma boa parceria com a Turner, mas eles não sabiam se iam ficar no Brasil e isso acabou gerando bastante preocupação". O mesmo ocorre com a BRIO, que deve cerca de 16 milhões ao Internacional: "A gente tem uma relação muito boa com a BRIO, é parceira do Inter. Muito poucas pessoas tinham conhecimento dessa conta-corrente, mas isso é totalmente normal. É uma parceira de 20 anos. Nós vamos ter uma reunião com o conselho agora e essa questão vai ser bem discutida. O Inter também tem alguns créditos e está vendo a melhor forma de resolver isso", finalizou.
De acordo com o jornalista Fabrício Falkowski, do CP, a venda de Bruno Fuchs e a entrada dos recursos da Turner ajudará a fazer frente à queda nas receitas e ao histórico déficit registrado nos primeiros meses de 2020, que pode ultrapassar os R$ 100 milhões.