A rádio Bandeirantes conversou neste sábado com Ânderson, ex-volante do Inter que começou na base do clube e teve uma longa passagem pelo Beira-Rio na década de 90. O jogador reviveu desde a conquista da Copa do Brasil em 92 quando estava subindo, a grande campanha de 97 e a quase trágica temporada de 99. Confira os principais trechos.
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Título da Copa do Brasil-92 com o Inter: "Subi naquele ano, e joguei o Gauchão com os reservas. Antônio Lopes foi muito ousado. Ele me pôs na final, contra o Flu. O ponto forte do time era a união. Um vestiário muito forte".
"Faltando cinco minutos, o Pinga foi tocado na área. Era duvidoso e foi uma tensão muito grande. Célio Silva mostrou personalidade. Ele falou para nós no vestiário que ou sairia idolatrado ou sairia no camburão".
Título gaúcho de 1997: "O Grêmio estava por cima naquela época e todos diziam que era o franco favorito. A gente conseguiu reverter todas as adversidades, vencemos o campeonato e foi algo muito comemorado".
Gre-Nal do 5x2: "Durante a semana, o Roth comentou que o Grêmio temia o Fabiano. No ônibus, indo para o Olímpico, foi feita uma contagem errada, e o Fabiano não foi. Tivemos de voltar e buscá-lo. Foi um Gre-Nal marcante".
Sobre a temporada de 1999: "Trouxeram grandes jogadores. Era um ano promissor. No Gauchão, fomos bem até a final, mas perdemos no terceiro jogo, para um Grêmio de um Ronaldinho que estava surgindo no futebol".
"Contra o Juventude, na Copa do Brasil, foi um jogo dramático. Tínhamos chances de sermos campeões. Acabamos tragicamente perdendo de 4x0".
Sobre o Brasileiro de 99: "Fizemos uma reunião para ganhar dois em três jogos. No primeiro, contra a Ponte, tinha ingresso a um real. Tive a felicidade de fazer o gol da vitória mesmo jogando de zagueiro, ao lado do Lúcio. Foi um ano de altos e baixos".
"O que marcou aquele ano foi a tragédia na Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro, em que quase fomos rebaixados".
Jogador mais difícil de marcar: "Ronaldinho foi o maior jogador que marquei. E olha que marquei grandes jogadores. Eu estudava os adversários, mas ele era imprevisível. Ronaldinho, ambidestro, fazia você não saber para onde ele iria. Ele fez o gol do Gauchão-99 em cima de mim".
Vitória sobre o Palmeiras, em 99, que salvou o time da queda: "A torcida fez festa nas ruas, foi um alívio grande. A torcida entendeu a situação. Tiramos um peso enorme das costas. Salvamos o Inter e a nossa pele".
Sobre o Brasileiro de 97: "Uma das grandes frustrações daquele ano foi não sermos campeões brasileiros".