Texto por Colaborador: Redação 29/04/2020 - 01:31

Wellington Monteiro foi entrevistado pela Rádio GreNal, de Porto Alegre, no último domingo (26), onde relembrou grandes momentos da carreira pelo Internacional. Com 41 anos, o ex-volante campeão da América e do Mundo em 2006, falou sobre alguns aspectos do futebol brasileiro mas principalmente do Colorado, desde o inédito título em Yokohama até o momento presente de Chacho & Cia. Confira abaixo suas principais declarações:

Profissionalismo exigido pelos jogadores: “O atleta hoje em dia está ciente do que ele vai fazer ou daquilo que ele irá sacrificar. Futebol pra mim não é dinheiro. Claro que todos trabalham para receber e isso é fato. Mas uma coisa que eu nunca perdi foi o prazer em jogar futebol. É o mesmo prazer de quando eu tinha 10 anos de idade e jogava na rua. Uma coisa que o atleta nunca pode perder é o prazer de jogar futebol”.

Vinda para o Beira-Rio: “Eu tive duas propostas, uma do Inter e outra do Grêmio. Eu coloquei na balança. No Grêmio eu iria chegar jogando. E no Inter eu iria buscar espaço. Eu cheguei na hora certa e no momento certo. Se tem uma coisa que eu sempre falo é que ‘cheguei na família certa’. Junto com os torcedores criamos uma sintonia”.

Mundial no Japão: “Naquela época, não tínhamos craques no Inter. Tinham atletas profissionais que visavam ser campeões e sabiam que o clube precisava daquilo (...) Eu vou ser muito sincero. Pelo menos, três vezes por semana eu revejo aquela final. A gente não esquece, mas analisamos mais quando revemos. O Fernandão virou pra mim em um momento e falou: ‘Monteiro, ganhamos o jogo ai’. Nós discutíamos muito porque o intuito era ser campeão. Eu falo com emoção sobre aquele elenco do Inter. Hoje não existe mais isso. Aquilo de querer estar junto com outro ou de discutir e daqui a pouco tudo voltar ao normal. É muito difícil criar essa família porque cada um quer uma coisa hoje em dia. Todos estavam na mesma sintonia e tinham o mesmo objetivo: ganhar".

"Ninguém tinha essa noção. Quando acabou o jogo fomos direto a churrascaria e sabíamos que muitos torcedores estavam lá e felizes. Entretanto, a ficha só caiu quando estávamos no avião chegando em Porto Alegre. Olhamos para baixo e tudo era vermelho. Foi nesse momento que sentimos o calor do torcedor”.

Momento do Inter: “O torcedor precisa ter um pouco de paciência. Sabemos que o trabalho de um Inter é a longo prazo, porém, em um clube grande não é assim. O Inter não tem tempo pra isso. É um clube que vive de título, se não houver terá cobrança. Com o elenco de hoje, tem tudo pra dar certo”.

Parada pelo Covid-19: "Eu creio que essa parada fez muita gente pensar para refletir. O futebol do nosso país é muito prazeroso. Eu tenho certeza que os jogadores irão voltar diferentes e com muita vontade de jogar bola”.

Fonte: radiogrenal.com.br

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