Texto por Colaborador: Redação 29/08/2025 - 02:30

O tempo está se esgotando para o Internacional no mercado de transferências europeu, e junto com ele a esperança de equilibrar as contas no segundo semestre. A direção colorada não apenas aguarda propostas pelos seus atletas - ela precisa desesperadamente fechar pelo menos uma venda para garantir o pagamento de salários e demais obrigações financeiras.

A única esperança adicional está na janela árabe, que permanece aberta até meados de setembro. Porém, a situação é tão crítica que não existe lista de intocáveis no elenco. Desde titulares indispensáveis como o zagueiro Vitão e o lateral Bernabei até jogadores questionados como Wesley e Thiago Maia podem deixar o Beira-Rio se aparecer proposta interessante.

O jovem Ricardo Mathias chegou a despertar interesse do Al Nassr há três semanas, mas os 7 milhões de dólares oferecidos pelos sauditas ficaram aquém das expectativas coloradas. A diretoria acredita que o centroavante de 19 anos vale mais e as conversas podem ser retomadas.

## Números que preocupam

Apesar dos discursos otimistas, a realidade financeira continua complicada. O primeiro trimestre de 2025 fechou com déficit de R$ 64,6 milhões - ligeiramente melhor que os R$ 71,2 milhões do mesmo período em 2024, mas ainda preocupante. O custo do futebol se mantém no mesmo patamar elevado do ano anterior, forçando a diretoria a apostar na venda de jogadores para tapar os rombos.

A meta orçamentária previa arrecadar R$ 160 milhões com transferências em 2025. Até agora, apenas negócios menores contribuíram para essa meta, como as saídas de Rômulo para o Tigres, do México, e Wanderson, que foi para o Cruzeiro em operação para quitar dívidas.

O clube tenta repetir o sucesso de 2024, quando superou expectativas e faturou R$ 258,3 milhões, principalmente com a venda de Gabriel Carvalho para o Al Qadsiah, da Arábia Saudita. Paradoxalmente, mesmo com essa injeção de dólares, o Inter terminou aquele ano com déficit de R$ 34,4 milhões.

## Eliminações agravam cenário

A situação tende a piorar com as eliminações precoces na Copa do Brasil e Libertadores, que reduziram drasticamente as receitas por premiação. Somado à perspectiva de queda no quadro social - que já chegou a superar 150 mil associados - o caminho natural é recorrer ao velho expediente de abrir mão de peças importantes.

Para completar o quadro negativo, a torcida não deve esperar reforços até terça-feira, quando se encerra o prazo para inscrições de jogadores no Brasil.

O cenário é claro: se os problemas dentro de campo já são enormes, fora dele a situação não é menos complicada.

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