O Conselho Deliberativo do SCI se reunirá em 16 de dezembro para decidir sobre o plano da atual gestão de lançar debêntures no valor de R$ 200 milhões. A proposta busca alongar e reduzir o custo das dívidas do clube, substituindo débitos com juros altos por outros com juros mais baixos. Contudo, o Beira-Rio seria utilizado como garantia, gerando debates entre dirigentes e torcedores.
A operação, viabilizada por uma instituição financeira, exige a transferência do estádio a uma empresa securitizadora, que manteria a propriedade do Beira-Rio até o pagamento completo do montante, previsto para até cinco anos, com risco de perda em caso de inadimplência. Parte das receitas do quadro social também está atrelada ao plano.
Apesar de movimentos similares em clubes como São Paulo e Atlético-MG, a proposta no clube enfrenta resistência. Uma comissão de conselheiros, após quatro meses de análise, rejeitou o plano por 5 votos a 2 devido ao uso do estádio como garantia. A decisão final será tomada pelos conselheiros em votação que promete ser acirrada.
Thiago Naibert, conselheiro alvirrubro, no grupo Tradição Popular conversou com Guaíba Esportes e falou sobre o projeto de debêntures. Dando alertas sob o tema, o conselheiro ainda falou sobre o objetivo de adiar a votação do tema, marcada para a proxima segunda-feira:
"A direção atual não fala sobre isso, mas existe uma alienação fiduciária para a emissão das debêntures que é o próprio Beira-Rio. Achamos muito temerário (...) A gestão alega que a receita do quadro social será colocada como garantia às debêntures, porém não fala publicamente que 50% dessas receitas já estão comprometidas com dívidas com o Banrisul [...] Eu e meus companheiros do Tradição Popular pensamos que a votação das debêntures, marcada para 16/12, deva ser adiada. É algo muito importante para falarmos no fim do ano."