Na reunião do Conselho Deliberativo do Inter, marcada para esta segunda-feira (16), será analisado o projeto de debêntures proposto pela direção. Para a aprovação, será necessária a maioria simples dos conselheiros presentes. A proposta visa arrecadar R$ 200 milhões ao vender dívidas de curto prazo, oferecendo mais tempo para pagamento e juros menores. A votação será aberta, com cada conselheiro declarando publicamente seu voto.
Apesar da maioria da gestão no conselho, a disputa promete ser acirrada, com opositores tentando reverter o placar.
As debêntures têm gerado intenso debate ao longo do ano. A direção busca melhorar o perfil da dívida do clube com uma proposta que prevê a arrecadação de R$ 200 milhões, a serem pagos em cinco anos, com um de carência, e juros de 6% mais correção do CDI. Isso resultará em cerca de R$ 6 milhões por mês a partir de 2026, contra os atuais 12% mais correção do CDI. A gestão estima que a economia em cinco anos será de R$ 100 milhões.
As garantias de pagamento incluem a arrecadação do quadro social, bilheteiras, fundo de reserva e o Beira-Rio. A polêmica surge com a inclusão do estádio como garantia. A direção garante que não há risco de perder o Beira-Rio, afirmando que a arrecadação dos associados é suficiente para cobrir a dívida, com as outras fontes dando suporte em caso de falhas. No entanto, a oposição vê o uso do estádio como perigoso, apontando que isso poderia configurar alienação fiduciária e gerar problemas com a administradora do Beira-Rio, a Brio.