Texto por Colaborador: Redação 13/06/2020 - 02:22

Enquanto o Brasil discute se é a hora ou não de afrouxar as medidas de isolamento social, o futebol caminha para a retomada após quase três meses de suspensão das competições no país. A CBF encomendou um protocolo médico a ser seguido pelos estados, que por sua vez têm a autonomia de acrescentar novos itens de segurança.

Quem está à frente das discussões é Jorge Pagura, coordenador médico da CBF, e que vem sendo requisitado para dialogar com os estados no intuito de afinar os protocolos. Na última quarta-feira, ele participou de uma videoconferência com árbitros paraibanos, convidado pela comissão estadual de arbitragem. E, na oportunidade, deixou evidente a dificuldade de seguir o exemplo adotado na Europa, especialmente no que se refere ao confinamento dos atletas.

– Essa ideia surgiu na Europa, só que por lá eles estão no fim da temporada. Mas é inviável aqui para o Brasil. Nós temos mais de mil jogos pela frente no país. Isso falando de competições profissionais. E como a gente faz? - perguntou.

Jorge Pagura foi além e disse que a questão dos testes para detectar a Covid-19 no mundo do futebol (não só os jogadores, mas todos os envolvidos numa partida) também é um problema a ser resolvido antes de se falar na volta das competições nacionais.

- Vamos dizer que eu isolo todo mundo, testo dois dias antes de cada partida: não temos dinheiro para isso, nem testes suficientes. Talvez no final do campeonato estadual, isso dê certo, mas acho que ninguém está nadando em dinheiro para fazer isso (Jorge Pagura, coordenador médico da CBF).

- Podemos pensar quanto tempo as delegações vão ficar isoladas... Ninguém vai querer. O nosso país é continental. Não dá para fazer isso. É muita coisa, muito time, tanto no masculino quanto no feminino. Assim, é melhor não se falar em futebol, porque não vai ter dinheiro para isso – concluiu o coordenador médico da CBF.

Fonte: Globoesporte

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