Texto por Colaborador: Redação 28/09/2025 - 04:52

O empate de 1 a 1 entre Inter e Juventude no Alfredo Jaconi gerou análises severas da imprensa esportiva gaúcha. O consenso entre comentaristas é que Ramón Díaz herdou problemas estruturais profundos, sem qualquer base sólida deixada pela gestão anterior de Roger Machado.

Gutieri Sanchez, da Rádio Guaíba, questionou aspectos além do tático: "Falamos muito sobre o legado do Roger. E o legado deixado pelo professor Paulo Paixão, fisicamente?". A provocação do jornalista sugere deficiências no condicionamento físico do elenco.

Tainan Nunes, da Rádio Inferno, analisou as constantes mudanças táticas durante a partida: "O Inter começou no 4-3-1-2. Após o gol no segundo tempo, Ramón colocou Ronaldo e mudou para um 4-2-3-1, com dois volantes. Quando Alan Patrick saiu, a equipe passou para o 4-4-2, com Vitinho aberto. Em nenhum dos esquemas o time conseguiu ser seguro... Vai ter trabalho."

Thiago Stormovski, do Canal do Baldasso, foi ainda mais contundente sobre a herança recebida: "Normalmente, quando um treinador assume um novo time, consegue-se aproveitar algo do antecessor. O Inter de Roger não deixou legado algum. É um time falido, que precisa de ajustes em todos os setores, táticos, técnicos e de confiança."

Alexandre Ernst, do Vozes, detalhou os principais problemas identificados: "Terá muito trabalho a família Díaz... A bola aérea defensiva do Inter é um inferno. Faltou a boa e velha velocidade. Por isso, o principal trabalho será do preparador físico Diego Pereira." Ernst também alertou para a perspectiva dos 14 jogos restantes: "Um empate que aponta muito para ser corrigido e muita 'emoção' até encerrarmos a temporada."

O colorado Nando Rocha, influente nas redes sociais, fez comparação devastadora sobre o nível técnico atual: "Vai ser difícil consertar o legado negativo do Roger. Tem problema em tudo que é lado. 90% das contratações dessa temporada poderiam ter sido feitas tranquilamente pelo Avaí na Série B que ninguém ia estranhar."

Rocha também criticou o condicionamento físico dos atletas: "Parece que todos os jogadores vestem calça jeans skinny molhada. Eles não conseguem sequer competir fisicamente." O comentarista ainda ironizou a diferença de discurso: "O ano passado, quando muitos falavam em 'herança maldita' do trabalho muito ruim do Coudet em 2024, o Roger falava que aproveitou muito da mesma plataforma. Hoje, o que o Roger deixou de legado?"

Lucas Mello, da Guaíba, foi direto ao ponto: "Ramón Díaz e Emiliano Díaz terão muito trabalho no Inter. Não há nada para aproveitar de Roger Machado. Nenhum legado."

Mauricio Saraiva, do GE, adotou tom mais moderado mas realista: "Bom, mesmo, foi para ninguém o empate. O anfitrião segue dentro do Z-4, o visitante não se afasta o suficiente da zona ruim. Não é ruim para o Inter, eis o limite do elogio."

Saraiva destacou que o objetivo de Díaz é "tão pouco nobre como urgente ao mesmo tempo", reconhecendo que a missão principal é simplesmente evitar o rebaixamento: "Ramon Diaz pontuou, seu time estará mais treinado em casa contra Corinthians e Botafogo. Missão parcialmente cumprida para quem chega."

O consenso da imprensa gaúcha é claro: Díaz assume um projeto de reconstrução total, onde até mesmo um empate fora de casa contra equipe da zona de rebaixamento representa, no máximo, um ponto de partida para um trabalho que promete ser longo e complexo.

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