Texto por Colaborador: Redação 22/10/2022 - 03:42

Leandro Damião, ex-atacante do Inter em quatro passagens, conversou na noite de sexta-feira com a equipe do Canal do Vozes do Gigante. Falando sobretudo do momento do Inter e de sua relação com o clube, o ex-goleador vermelho respondeu como reagiria a uma possível proposta do Inter. Confira os principais trechos:

Momento no Japão: “Aqui, no Japão, estou muito bem. Quando surgiu a chance de vir pra cá, estudei o clube. Tomei a decisão de sair do Inter por conta de uma experiência nova. Tinha cumprido um papel importante de tirar o clube da Série B e devolver na Libertadores”.

“Moro em uma casa que o clube construiu para os jogadores estrangeiros morarem aqui. Tem um tradutor para cada atleta. Não temos preocupações com a língua. Mas meus filhos estudam em escolas aqui. Eles vão levar isso pro futuro”.

Passagem pelo Inter: “Sempre me arrepio quando lembro do Inter. Em especial, na final da Recopa, no antigo Beira-Rio. A atmosfera do antigo era diferente. Era caldeirão com 15 mil pessoas”.

“Tive muito trabalho no Inter com meu adutor. O calendário era muito apertado. Na Série B, muitos gramados ruins. Mas estou muito melhor. Resolvi minha hérnia. Estou lesionado pela 1ª vez em 4 anos aqui no Japão (...) Nada supera minha temporada em 2011. Gauchão, Brasileirão, Copa Áudi. Fiz muitos gols. Me levou até a Seleção. Fui artilheiro das Olimpíadas (...) 2017 estava no Flamengo, mas o Inter me procurou e eu balancei. Não me importava se era a Série B. Um convite do Inter é diferente. Até briguei com o Caetano na época para estar aqui. Sentia que precisava ajudar. Depois trabalhamos juntos em 18.. Cheguei em 2017 e as coisas estavam ruins. Pensei que teria que chegar diferente. Dando carrinho em treino, puxando o ambiente pra cima. Os jovens escutavam muito o que a gente falava. E, aos poucos, fomos evoluindo”.

Passagem pela Série B: “Contra o Luverdense, joguei com o adutor estourado. Fiz um gol, de empate, onde eu já não conseguia nem caminhar. Mas jamais deixaria de lutar e ajudar o Inter naquele momento. A Série B foi bem difícil pra nós (...) Teve jogos na Série B que eu dizia. Temos que ganhar de qualquer jeito, com gol de cabeça, contra, brigando com zagueiro. Nós não podíamos deixar o Inter naquela situação. Nosso objetivo era subir e conseguimos”.

Momento do Inter: “Estou muito feliz pelo crescimento do Inter. Muitos jogadores novos. Uns que ficam, estão marcados por coisas ruins do passado. Outros estão se afirmando. Contratou muitos jogadores de qualidade. Gabriel ajeitou o meio-campo e se lesionou (...) Inter está tomando rumo novamente. Está trilhando um caminho bom. Conheci o presidente, está fazendo um ótimo trabalho, colocando a cara para defender o clube. Tenho certeza que o Mano escolherá os reforços a dedo em 2023 (...) Olhando o Inter organizado, dá até uma vontade de voltar. É onde eu vivi meu melhor momento. Conheço o Beira-Rio de ponta a ponta. Tenho muitos amigos. Quem sabe um dia, né?. Tenho mais um ano aqui no Japão e estou feliz”.

Alemão: “Gosto muito do Alemão. Pelo esforço, jogador dedicado. Todos atacantes tem que ter essa característica. Facilita pro time. Marcar saída de bola, cansar zagueiro. Ele tem um bom chute com as duas pernas. Ele vai ajudar muito o Inter ainda”.

Mano: “Mano é um cara muito justo no vestiário. Os treinos são bons. Gosto muito dele. Sou grato a ele. Eu já sabia que ele daria muito certo no Inter. Ele está em casa. E dá pra ver que ele está muito feliz”.

Oferta do Inter na janela: “Mexeria comigo. Não posso mentir. Carinho é enorme. Mas tenho contrato. Precisaríamos conversar. Estou feliz no Japão com a família. A segurança aqui é um ponto positivo. Se perder um jogo, posso sair para jantar (...) Tenho 33 anos. Mas estou bem fisicamente. Me cuidando. Não penso em aposentar tão cedo. Minha vontade é de encerrar a carreira no Inter. Nem que seja um jogo. Nem precisa de contrato”.

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