Deja vu? após derrota na Libertadores, Chacho dispara para todos os lados: 'vivi coisas que nunca tinha vivido'

Texto por Colaborador: Redação 07/04/2023 - 02:31

Atuando sem o atacante Hulk, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o Atlético perdeu por 1 a 0 para o Libertad, na noite de quinta-feira (6), no Mineirão, em sua estreia no Grupo G da Copa Conmebol Libertadores. E após uma atuação sofrível durante os 90 minutos, com direito a vaia da torcida ainda na etapa incial, o ex-treinador colorado, Eduardo Coudet, conhecido por seu desequilíbrio, atirou para todos os lados, incluso a própria torcida do Galo, com até o Inter acabando no meio da história. Entrando em rota de colisão com diretoria do Atlético, "Chacho" cogitou até a saída de BH. Confira os trechos do argentino na coletiva:

"Mudou o projeto. Se passamos do Felipe do Atlético de Madrid e trazer o Gilberto do Benfica, e depois trazer Lemos e Saravia de graça, depois de ligar para os jogadores e pedir por favor que aprovem a contratação. Parece que trocou ou não? Tentamos fazer o possível. O diretor está comigo todo dia. Eu ligo aos jogadores, ele liga. Que saiam bem e barato, é o que temos de possibilidade (risos)."

"Vim aqui pelo desafio esportivo. Não foi por dinheiro e nem nada. Foi porque gostei do clube e porque era um desafio esportivo importante. E tudo mudou. Ou vocês não sabem que tudo trocou? Ou você acham que eu fiz ou aprovei alguma saída ou venda?".

"Tínhamos 18 jogadores hoje. Então qual era o objetivo real? Vi aí um investidor dizendo que eu sabia da situação. Mentira! É mentira! Esta não é a situação que me prometeram. Não é a situação real (...) Eu acompanho até a morte meus jogadores e meu diretor esportivo. Mas meu contrato está em cima da mesa. Decidam o que quiserem", disse.

"O diretor esportivo falou do grupo, houve um tanto de coisa que estavam sobre a mesa. Não vim pelo dinheiro, nem por nada, venho pelo desafio. Eu aprovei alguma venda? Ou não souberam que a última venda que não era para sair. Ou que Sasha, no lugar dele, era um jovem o substituindo. E para o jogo aéreo, colocaria outro juvenil."

"Se querem saber, o único que pedi, faz 15 dias ou mais, foi uma cláusula de saída. Porque mudou tudo, entende? Uma cláusula de saída foi a única coisa que pedi ao diretor e aos investidores. Todo mundo sabe: sabe o presidente, sabe o diretor e sabem os investidores. Foi a única coisa que pedi: uma cláusula de saída, porque não é o que me apresentaram quando foram me contratar. Entende?", prosseguiu.

"Trabalhei todos os dias para tentar trazer quatro jogadores de graça, pedindo por favor aos investidores para que tragam um volante, porque tínhamos um só. ‘Por favor’, tivemos que pedir. Esta é a realidade de quando me buscaram? Não", reclamou.

"Agradeço os torcedores que empurram até a morte. Mas hoje vivi coisas que nunca tinha vivido. Que os torcedores cantaram para mim, me cobrando de uma maneira… Ganhamos dez dos 15 jogos. Nunca acreditei que isso iria acontecer", chateou-se.

"Jogaram copos de cerveja em mim quando saí. Os meus próprios torcedores. Dei a volta por trás do banco para perguntar: ‘É verdade que está acontecendo isso?’. Porque seguramente podemos jogar melhor e o time quer jogar melhor, mas que isso aconteça tendo ganhado dez jogos de 15… (...) Mas com o grupo que temos… Me vaiam, vaiam Nathan Silva, Hyoran, Patrick, Edenilson, Vargas… Com quem vamos jogar? Com quem vamos jogar? É normal que estejam jogando cerveja no treinador do time com dez partidas vencidas e jogando uma final no domingo?".

"Me encanta a loucura, me encanta quando a torcida começa a gritar como um louco e empurra a equipe. Mas me parece que há um limite, não? Eu tenho um limite. Estou acostumado a suportar um montão de coisa, de pressão e de coisa que pode acontecer, mas nesta situação? Já me parece muito estranho, não?".

 “Nunca dei uma explicação ao torcedor do Inter e vou aproveitar para falar. A realidade sobre a minha saída: durante as eleições, o presidente Medeiros falou que ele só ia acompanhar a equipe e que não faria nada. Eu só pedi dois reforços para brigar pelo título. Era um grupo curto. Deixei um time treinado e que brigou até o final”.

O próximo jogo em casa pela competição continental será na rodada seguinte, em 3 de maio (quarta-feira), às 21h30, contra o Alianza Lima, no Gigante da Pampulha.

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