Texto por Colaborador: Redação 11/06/2020 - 02:22

O Botafogo realizou ao longo desta terça e quarta-feira a primeira bateria de exames de Coronavírus 19 em seus jogadores, comissão técnica e funcionários. Porém, o clube ainda não pensa em retornar aos treinamentos presenciais enquanto os números de novos casos e óbitos provocados pela pandemia no país não diminuir. Ricardo Rotenberg, vice-presidente comercial e de marketing do clube e membro do Comitê Executivo de Futebol, afirmou que os clubes têm de se unir à luta do povo brasileiro contra a doença que já matou mais de 38 mil pessoas no país. Ele participou de um debate online promovido pela Fundação Getúlio Vargas com outras pessoas ligadas ao futebol, para explicar seu ponto de vista.

"Temos que dar apoio às iniciativas que preservem vidas no Brasil. Não podemos ver o Jornal Nacional anunciar 1.300 óbitos num só dia e achar normal. Isso não é uma coisa normal. Não tivemos Vietnã, Camboja, não tivemos Cruzada, nada disso. Nosso povo não é acostumado a isso. Não podemos achar normal 1.300 brasileiros morrerem por dia e ter jogo de futebol com esse quantidade de gente morrendo. Quando a curva baixar, vamos voltar. A luta do povo brasileiro contra o coronavírus também pertence ao Botafogo", para na sequência prosseguir sobre a conduta de alguns clubes. "Existem movimentos para começar o Carioca no dia 20 de junho. O Botafogo não vai começar nessa data. Fizemos os exames ontem e hoje, se a curva baixar um pouco vamos recomeçar os treinos. Não adianta fazer o campeonato no final de junho e terminar no começo de julho e começar o Brasileiro só em agosto. Fica um tempão parado. É meio incompreensível a posição do Rio de Janeiro em relação ao restante do Brasil. O Botafogo e o Fluminense estão sendo iguais à grande maioria das Federações e também à responsabilidade que a CBF está tendo" afirmou Rotenberg, em matéria via Fogão.net.

"O Botafogo está nessa luta há muito tempo. Sempre há divergências, não se consegue juntar alguns clubes. Os clubes juntos teriam muito mais força. Alguns clubes não entenderam que ninguém joga sozinho. O Botafogo precisa dos outros 19 clubes da Série A, são todos muito importantes. Essa falta de entendimento muitas vezes acaba gerando prejuízo para todos os clubes (...) O futebol representa quase 1% do PIB do Brasil, estamos vendo vários segmentos serem ajudados com MPs, mas ninguém fala do futebol brasileiro, que é um grande empregador, um grande ativador econômico", finalizou.

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