Dívida colorada segue aumentando: entenda os motivos

Texto por Colaborador: Redação 06/07/2024 - 00:30

A situação financeira colorada segue sendo problemática, e não tem demonstrado grande alteração, mesmo com algumas mudanças de postura da atual gestão, que está no SCI desde 2020.

Fato é que gestão de Alessandro Barcellos segue tendo dificuldades de diminuir o alto nível de endividamento e o impacto dos juros sobre recursos que poderiam ser destinados ao futebol foi uma de suas principais promessas de campanha. O Inter continuou aumentando sua dívida, mesmo com a entrada de recursos extras, especialmente em 2023, revela o Correio do Povo.

A dívida total do SCI, que inclui débitos fiscais e previdenciários com o governo, bancos, outros clubes, jogadores e fornecedores, aumentou nos últimos anos. Mesmo em 2022, quando o clube recebeu R$ 109 milhões da Liga Forte União (LFU) pela venda de 20% de seus direitos de televisão por 50 anos, o montante cresceu, ultrapassando os R$ 700 milhões em dezembro.

Para 2024, a tendência não parece diferente. Nos primeiros quatro meses do ano (janeiro a abril), o Inter fechou com um déficit de R$ 98,6 milhões. Apesar de uma tendência de aumento de receitas no segundo semestre, esse valor é superior ao projetado para o período. Além disso, o clube foi seriamente impactado por inundações, estimando em cerca de R$ 35 milhões os custos para as reformas do Beira-Rio e do Parque Gigante.

O clube também investiu pesado na contratação de jogadores com a ambição de conquistar títulos. No entanto, falhou no Gauchão e enfrenta dificuldades nas competições ao longo dos próximos meses, complicando ainda mais o cenário financeiro.

Para tentar amenizar a situação, o clube aposta na venda de jogadores do atual elenco, com a meta de arrecadar pelo menos R$ 135 milhões até dezembro.

Contraponto: Considerando a inflação, valor é estável

Embora a dívida tenha crescido em termos nominais, os atuais dirigentes argumentam que, considerando a correção monetária (inflação), o aumento não é tão significativo. Tomando como base a dívida de R$ 599 milhões em 2020, último ano da gestão de Marcelo Medeiros, e ajustando pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) medido pelo IBGE, o valor chegaria a R$ 719 milhões no final de 2023 – um valor ligeiramente superior aos R$ 703 milhões registrados.

Ainda assim, o montante elevado desafia o discurso da atual diretoria. Além disso, quando o clube aceitou a proposta do LFU, o presidente Alessandro Barcellos prometeu usar os R$ 109 milhões para o pagamento de dívidas. Segundo informações repassadas pela gestão ao Conselho Fiscal no início deste ano, isso foi feito. Mesmo assim, um grupo de mais de cem conselheiros solicitou formalmente o detalhamento desses pagamentos.

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