Texto por Colaborador: Redação 02/09/2021 - 17:55

O CEO do Internacional, Giovane Zanardo foi o entrevistado de Mauro Cezar Pereira no Dividida, do UOL, nesta quinta-feira (2), falando sobretudo em relação aos cortes de custos e o trabalho para reduzir o endividamento do clube sem deixar que ele seja competitivo no futebol, cita exemplos negativos e positivos, além de abordar as demissões promovidas recentemente. 

Zanardo afirma que o objetivo do Inter hoje é contar com um time que possa ser competitivo dentro de campo, buscando o protagonismo e a conquista de títulos, mas sem o risco de comprometer as finanças. Confira essas e outras de suas principais declarações:

"Nós precisamos ter um futebol responsável. Todos nós sabemos que a torcida, os sócios do clube, todos nós apaixonados, e eu sou um apaixonado pelo futebol, como qualquer brasileiro, sou um colorado apaixonado, nós queremos títulos, nós queremos ser protagonistas nas competições que a gente participa, nós queremos ganhar sempre, mas isso não significa fazer isto a qualquer preço (...) Eu acho que esse é o divisor de águas. O clube precisa entender o tamanho que tem do ponto de vista econômico e financeiro, do ponto de vista de capacidade de investimento, e a partir desta realidade, deste tamanho, construir o seu projeto esportivo. Você não pode ser o contrário, eu tenho que ganhar e aí, para ganhar, eu faço qualquer coisas eu endivido o clube, eu gasto além da conta, apostando que lá na frente, se vier o título, se eu vender o jogador, aí eu vou resolver a vida financeira, a vida econômica, a vida de gestão do clube. Eu acho que é justamente o contrário".

Necessidade de novas receitas: "Eu preciso entender o tamanho que eu tenho, buscar de forma criativa novas alternativas de receitas, por exemplo, se eu entendo que eu tenho um tamanho insuficiente de receitas, eu preciso ir atrás de mais receitas. Se eu tenho uma estrutura de custos e de despesas não adequadas, não eficientes, eu preciso melhorar essa estrutura. E a partir disto ter um time competitivo, ser protagonista e buscar os títulos, eu acho que essa é a inversão e o cair na real, é não buscar título a qualquer preço (...) O grande desafio, é fazer uma redução de estrutura buscando eficiência e não simplesmente uma redução de custo e despesa, mas reduzir custo e despesa em prol da eficiência, em prol de fazer mais com menos, em prol de sobrar recursos para atacar sim o endividamento, reduzi-lo a patamares ainda melhores, mais aceitáveis, reduzir hoje o que nós temos de compromissos de curto prazo, alongando essa dívida, e sobrando recursos para investimento no futebol".

Importância da base: "Em termos de grupo de atletas, o Internacional neste ano, a média de idade das contratações que nós estamos fazendo, ela é a menor dos últimos anos. As contratações que têm sido feitas, elas têm atendido a critérios muito pontuais. Após uma avaliação rigorosa do elenco, lá do pessoal do futebol, com perfil muito estabelecido, muito específico, que tem uma estratégia por trás, então você vai ver que a gente tem trazido como investimento jovens valores, que permitam agregar desempenho esportivo nesse momento, para suprir algumas carências do clube, mas também uma possibilidade de desempenho econômico ali na frente".

Política de contratações: "As contratações que fizemos, por exemplo, pontuais, que não tiveram essas características, de jovens valores promissores, foram contratações pontuais, muito específicas para atender carências do elenco, em um número reduzido e de acordo com as condições do clube, dentro dos parâmetros financeiros e econômicos traçados pelo clube".

Saída de MAR e projeto: "Em um dado momento, as partes entenderam que os resultados não estavam a contento e isso é um conjunto de fatores. A gente precisou corrigir rota, isso também faz parte do processo, temos um entendimento de que não vamos acertar sempre, a gente tem que mitigar o risco, tem que diminuir a quantidade de erros, mas a gente corre riscos quando toma decisão de contratação, isso vale para o jogador, isso vale para um treinador e isso vale para um profissional qualquer (...) O que a gente fez foi essa correção de rota no projeto, mas se manteve a lógica que se tinha. Então se você me disser, claro, eu gostaria de ter acertado lá atrás, que tivesse dado certo e que as coisas não tivessem dado, mas isso não foi possível, então a gente corrige a rota, a gente arruma, realinha, mantém a lógica, mantém o processo e vida que segue, vamos em frente. O importante é que tenha um projeto e a gente tem que seguir naquilo que é a nossa convicção".

Confira a entrevista completa: 

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