Texto por Colaborador: Redação 08/05/2020 - 05:00

Em entrevista publicada nesta quinta-feira (7) pelo portal Tribuna do Norte, de Natal, a infectologista da UFRN, Marise Reis Freitas, alertou que “o momento não é recomendado para retomada das atividades do futebol”. Segundo a especialista, “o retorno de qualquer atividade que signifique interação entre as pessoas, não é recomendado”, enquanto a questão está sendo encarada com muito cuidado e preocupação, mesmo com os profissionais cientes da necessidade de as pessoas reconquistarem a vida normal.

Ressaltando que o Brasil possui diversos contextos estaduais/regionais distintos e em períodos diferentes, Marise deixou claro que qualquer medida de abertura precisa ser realizado com enorme cuidado e organização. De acordo com a profissional, o caso da Alemanha - que retoma o futebol no dia 16 de maio - é bem diferente que o brasileiro e de boa parte do mundo. Lá, a infectologista analisa que as autoridades já conseguiram superar a fase mais complicada da transmissão do vírus, um fato que ainda irá levar um tempo para ocorrer no Brasil.

“O Brasil foi um dos últimos países a receber o vírus e ter disseminação comunitária, de pessoa para pessoa. Logo nossa situação se encontra na fase inicial e de crescimento não apenas de casos de contaminação como de óbitos, fato que atualmente não é mais observado em alguns países europeus, por exemplo. A Alemanha já se encontra numa fase de descida da curva, a Itália também já está conseguindo isso e a Espanha também. Esses países já passaram por muitos problemas, mas hoje se encontram numa fase de equilíbrio, prova disso é que nesses países até hospitais de campanha já foram fechados, no Brasil nós ainda estamos no caminho contrário e atingimos um momento crucial, no qual necessitamos estar muitos atentos ao que nos recomendam as autoridades sanitárias para que a situação não fuja do controle (...) O esporte que as pessoas estão próximas em que há contato físico facilita a disseminação e, no atual estágio, ainda não é o momento adequado para retomada, infelizmente. Reconheço que os treinos são importantes para que os atletas não percam sua capacidade, mas esse trabalho ainda deve ser estruturado e realizado a distância. Insisto, o trabalho coletivo ainda não é adequado”, ressaltou a infectologista.

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