Texto por Colaborador: Redação 05/08/2025 - 17:38

A Justiça condenou Emídio Marques Ferreira, antigo vice-presidente de Patrimônio do Internacional, a 10 anos e seis meses de reclusão em regime inicialmente fechado. A sentença foi proferida por crimes de estelionato e formação de organização criminosa cometidos durante sua gestão no clube.

O ex-dirigente colorado foi responsabilizado por 209 delitos de estelionato e pela participação em esquema criminoso que desviou recursos do Inter no período entre 2015 e 2016, durante a administração de Vitorio Piffero.

Conforme investigações do Ministério Público na Operação Rebote, o grupo de dirigentes teria desviado cerca de R$ 12,8 milhões dos cofres colorados. Os recursos eram destinados a oito empreiteiras - sendo uma inativa e outras existentes apenas no papel ou sem capacidade técnica para atender o clube.

O esquema fraudulento envolveu principalmente obras realizadas no estádio Beira-Rio, com superfaturamento e contratos fictícios que lesaram o patrimônio da instituição.

## Outros dirigentes também condenados

Esta não é a primeira condenação relacionada ao caso. Em sentenças anteriores, a Justiça já havia penalizado outros membros da gestão:

Vitorio Piffero, então presidente, recebeu pena de 10 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelos mesmos crimes de estelionato e formação de quadrilha.

Pedro Affatato, ex-vice-presidente de Finanças, foi condenado a 19 anos e oito meses de reclusão por estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro - a pena mais severa do grupo.

Ambos recorrem da decisão em liberdade.

## Ressarcimento obrigatório

Além das penas de prisão, todos os condenados deverão ressarcir integralmente o Internacional pelos valores desviados, que ultrapassam R$ 12 milhões. A divisão específica dos valores entre os réus ainda não foi estabelecida pela Justiça.

Emídio Ferreira também foi multado em R$ 607 mil. Os proprietários das empresas envolvidas no esquema igualmente deverão restituir os montantes obtidos de forma ilícita.

A defesa de Emídio Ferreira foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre a condenação. A decisão judicial ainda cabe recurso.

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