Ricardo Duarte / InternacionalPaulo Bracks, ex-executivo de futebol do clube desde o início de Abril - quando foi desligado do cargo - lavou "roupa suja" de sua passagem no Beira-Rio neste fim de semana, em entrevista concedida à Rádio Guaíba. Se vendo injustiçado pela saída como "bode expiatório" após a queda do clube para o Globo, na Copa do Brasil, Bracks avaliou seu trabalho e explicou algumas das decisões tomadas por ele. Confira os principais momentos:
Passagem no Inter: "Faço uma avaliação de dois prismas: êxito no projeto administrativo-financeiro e não êxito no projeto esportivo em resultados e em protagonismo dentro de campo. Entendo que o êxito esportivo só vem com o êxito administrativo-financeiro. O ideal dentro de um clube do tamanho do Inter é sempre ter vitórias. Hoje não é possível isso sem ter a casa arrumada. A bola não vai entrar por acaso. Vai entrar fruto de uma gestão séria, austera. O sucesso esportivo sem isso não tem acontecido. A gente se deparou no início com duas folhas. A folha do dia-a-dia e a folha de dívidas. Tem gestão que decide ignorar essa folha. Podia botar pra baixo do tapete. Mas não fizemos isso".
"Era urgente trabalhar com uma austeridade financeira conforme o projeto que nos foi apresentado. Tínhamos que diminuir gastos. Cortar funcionários. Demitir é a coisa mais triste em um clube. Num clube associativo a gente pode tocar um clube sem fazer isso. Dá pra tocar a casinha e tentar ganhar assim e depois alguém que pague essa conta. Saímos de 90 milhões de dívida para 1 milhão de superávit. Foi um trabalho penoso. Mas isso foi positivo. Teve êxito (...) Deixamos de investir em contratações para aumentarmos o investimento em atletas na base. Com contratações pontuais de jovens atletas".
"A gente buscou procurar diminuir a média de jogo. Apostar em um modelo de jogo. Trazer uma outra comissão técnica. Sem vícios do futebol brasileiro. Da pressão do dia-a-dia (...) Não foi aceitável sermos eliminados do jeito que fomos pro Olímpia, pro Vitória que hoje está na Série C. Começamos o ano com outros objetivos, de ganhar o Gaúcho. A CdB foi vexame inexplicável e a minha cabeça rolou".
"O plano da gestão de 3 anos era muito sólido. Basta ver a eleição pelos sócios do Inter como foi expressiva. O projeto buscava vitórias em dois ou três anos (...) Todo mundo fracassou ali (contra o Globo) quando você faz um link disso com a diretoria executiva parece que só o resultado interessava. Sem contar com a parte administrativa Minha mágoa é que esse link não é lógico. Não é técnico".
"Passional é o torcedor. Demitir o treinador naquele momento, ou mandar embora 5 ou 6 seis jogadores que não estivessem imbuídos com o projeto do clube seria um link mais lógico. A gente até pode permitir que o torcedor tenha esses devaneios de que todo mundo tenha que cair. De dentro do clube isso não é admissível. Se toda derrota tiver que virar tudo de cabeça pra baixo é enxugar gelo. Minha mágoa foi muito pela personificação. Se você paga o pato sozinho, o culpado era você. A mágoa passou. Mas houve injustiça ali (...) Sentia essa pressão desde o primeiro dia. O torcedor gosta de contratação e de vitórias e deu. Reduziu a folha mensal. E daí? Ganhou o jogo? Isso é o que interessa".
"A gente se deparou com vários jogadores que a torcida não queria mais. Foram saindo. Não por isso. Mas porque a gente entender que estavam tão pressionados que não adiantava ficar. Não necessariamente quando você renova com o jogador você quer que o atleta vá até o final do contrato. Por vezes a outras nuances dentro do planejamento".
Edenílson: "Após o Grenal de 2021 conseguimos manter o Edenílson. Recentemente, ele recebe uma proposta, mas que foi muito baixa e seria péssimo para o clube. A proposta foi do Atlético-MG e nós perderíamos duas vezes, no quesito técnico e financeiro. A gente conseguiu segurar. A proposta do Atlético Mineiro foi indecorosa. Muito baixa".
Medina: "Tinha total convicção no trabalho do Medina. Ia encaixar, ia dar certo. Mas a gente esbarra no imediatismo. Lembro sempre do Abel Ferreira que podia ter sido demitido depois de ser eliminado pelo CRB (...) A única pessoa que eu contratei para o Internacional foi o Cauan de Almeida. Tenho certeza que o Mano Menezes vai dar certo".
"Entendo que se tivéssemos torcida no jogo contra o Corinthians teríamos sido campeões naquele decisão do Brasileiro de 2020".
05/12
04:30
Barcellos avalia deixar presidência do Inter independente do resultado contra o Bragantino
05/12
04:00
Rebaixamento pode levar Inter ao colapso financeiro e até recuperação judicial
05/12
03:00
Especulações sobre comando técnico do Inter em 2026 ganham força, mas clube nega negociações
05/12
02:30
Flamengo mira Vitão para zaga, mas zagueiro prioriza retorno à Europa
05/12
02:00
Inter lidera risco de rebaixamento em rodada final dramática do Brasileirão
04/12
19:43
Conflitos no vestiário expõem desunião do elenco do Inter e aprofundam crise no clube
04/12
13:50
Inter terá de reduzir custos se cair e dois medalhões do elenco devem sair
04/12
13:42
Conselheiros pressionam por renúncia de Alessandro Barcellos
04/12
13:30
Rafael Sobis desabafa após nova derrota do Inter: “É o cúmulo da várzea”
04/12
13:10
Renata Fan critica gestão e pede renúncia de Barcellos após mais um fiasco do Inter
04/12
04:00
Cronistas e jornalistas criticam direção do Inter e lamentam situação às vésperas do rebaixamento
04/12
03:30
Inter precisa vencer Bragantino e contar com combinação de resultados para escapar do rebaixamento
04/12
02:00
Bisol lamenta derrota "horrível" para o São Paulo e faz apelo ao torcedor: "Temos pouco crédito"
04/12
01:00
Abel Braga cobra honra dos jogadores após derrota que deixa clube à beira do rebaixamento
04/12
00:02
Vitão pede desculpas à torcida e garante: "Enquanto tiver 1% de chance, vamos ter 99% de fé"
03/12
22:00
Inter perde mais uma e está praticamente rebaixado
03/12
21:50
Números de São Paulo 3x0 Inter - Brasileirão 2025
03/12
13:40
Inter entra em “final” contra o São Paulo com sete pendurados para a última rodada