Texto por Colaborador: Redação 13/10/2025 - 02:30

Paulo Paixão, ex-preparador físico do Internacional na comissão técnica de Roger Machado, falou no fim de semana à Rádio Grenal sobre as críticas recentes ao seu trabalho nesta temporada, além de outros assuntos.

"Eu tenho uma questão: quando eu saí, em menos de 15 dias, o time fez três jogos seguidos. Que trabalho é esse que fez o time voltar a correr? Quem fez esse trabalho? Foi a comissão técnica que estava ou a atual? Se eu pegasse um time, como peguei hoje, e ele jogasse quarta, sábado e sábado, qual foi a oportunidade que eu tive, como preparador físico, de fazer algum trabalho?", questionou.

"Será que nesses 50 anos de profissão eu fui enganado? Ninguém vence seis vezes se não tiver qualidade, ninguém conquista títulos se não tiver qualidade", completou Paixão.

Sobre as mudanças sob o comando de Ramón Díaz, o preparador reconheceu méritos: "O que a comissão técnica atual melhorou foi a parte anímica do time. Ela muda, tem outro comando, outra forma de dirigir o treinamento, de falar. Nesse quesito, eu vejo mérito da comissão que assumiu."

"Será que preparador físico é mágico? Eu acho que não. O trabalho que foi feito para os jogos contra Corinthians, Juventude e Botafogo foi o mesmo, sendo que no terceiro jogo a parte anímica do time já estava melhor", argumentou.

"Os profissionais que chegaram para o Internacional, todos têm conhecimento do dia a dia do trabalho e têm relatórios de todos que fazem parte da equipe que eu comandava, por que não olham os relatórios de intensidade que o time fazia?", provocou Paixão.

"Queria eu ser um mágico, assumir um time faltando um mês, mal fisicamente e com jogos quarta, sábado e quarta-feira, colocasse o time voando... não precisaria de uma faculdade de cinco anos e mais um de especialização."

O ex-preparador também criticou a exposição de questões internas: "Não se externam os relatórios internos, o relato interno do grupo. Isso não se faz. O time só melhorou animicamente. Não existe trabalho no mundo em que uma comissão pega um clube com três jogos seguidos e, no terceiro, melhora fisicamente. É questão de cabeça."

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