O SCI atravessa uma grave crise financeira, com dívidas crescentes e um déficit projetado de R$ 44 milhões para 2023. Parte do problema decorre da ausência de reajustes regulares nas mensalidades do quadro social, revela o Correio do Povo (via Fabrício Falkowski). O último aumento foi em janeiro de 2023, após um intervalo de cinco anos, e as receitas dessa área mantiveram-se estáveis, perdendo relevância no orçamento devido à inflação.
Em 2023, a diretoria propôs um reajuste de até 27%, considerando a inflação acumulada desde 2018. No entanto, o Conselho Deliberativo aprovou apenas 10%, citando os impactos econômicos da pandemia. Segundo o presidente Alessandro Barcellos, a falta de reajustes nos últimos anos resultou em uma perda acumulada de cerca de R$ 100 milhões, valor que poderia ter ajudado a enfrentar o endividamento e evitado a necessidade do controverso plano de debêntures, que coloca o Beira-Rio como garantia.
Victor Grunberg, 3º vice-presidente do clube, destacou que o aumento do custo de vida não foi acompanhado pelos ajustes nas mensalidades, prejudicando a saúde financeira do Inter. Apesar disso, o orçamento de 2025, já aprovado, não prevê novos reajustes, estratégia da diretoria para evitar desgaste político.
Atualmente, um sócio da categoria mais alta paga R$ 137,50 por mês e tem direito a assistir a todos os jogos no Beira-Rio, com vantagens como prioridade na reserva de assentos. Outras categorias pagam valores menores, a partir de R$ 10,00, sem direito garantido a ingressos. O clube lançou recentemente uma campanha para atingir 150 mil associados, mas encerrou setembro com 145 mil, segundo o Portal da Transparência.