Texto por Colaborador: Redação 09/11/2025 - 05:52

O empate por 2 a 2 entre Internacional e Bahia, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, gerou forte repercussão na imprensa gaúcha e entre analistas do futebol. A partida, disputada no Beira-Rio neste sábado, teve um roteiro dramático: depois de abrir vantagem de dois gols, o Colorado cedeu o empate nos acréscimos do segundo tempo.

Para Vaguinha, da Rádio Gaúcha e GZH, o resultado representa mais uma decepção em casa. Segundo o jornalista, há uma atmosfera pesada sobre o estádio que não se dissipa, e tudo relacionado à atual gestão parece dar errado. "Dessa vez, a culpa não é dos jogadores que estavam em campo. Eles deram o que tinham", afirmou. Vaguinha foi duro ao criticar as substituições de Ramon Díaz: "Mexeu cedo demais, desmontou um time que funcionava e terminou com uma equipe desfigurada. Não poderia ter tirado Borré". O colunista destacou ainda que as entradas de Richard, Romero e Alan Rodríguez enfraqueceram o time, que cedeu os dois gols de forma passiva. Apesar de mencionar um erro de arbitragem que anulou gol legítimo, criticou a postura da direção por não cobrar a CBF. "O torcedor já entendeu: ainda resta um ano e dois meses de sofrimento", concluiu.

Leonardo Oliveira, também de GZH, trouxe análise com tom dramático. "Por 100 minutos, o Inter esteve com a cabeça fora desse drama que passou a viver nas bordas do Z-4", escreveu. O jornalista exaltou o primeiro tempo de luxo, com oito chances criadas, e a abertura de 2 a 0 no começo do segundo tempo. Porém, destacou que a realidade bateu à porta: "O time perdeu gás, as substituições do banco não deram resposta, enquanto as do Bahia, sim". Oliveira afirmou que o 2 a 2 foi como um golpe no estômago, porque o torcedor vislumbrou uma saída do pântano. Apesar de elogiar a mudança de sistema tático que resgatou o melhor Inter do ano, alertou: "Isso não foi suficiente, o que mostra que será uma luta até o final". E completou: "O Inter, embora à frente da tabela, não dependerá apenas dele. E isso só aumenta o drama".

Rodrigo Coutinho, do GE, reconheceu evolução, mas cobrou consistência. "Competir mais defensivamente e ser agressivo com a bola era algo urgente para o Internacional. Esses passos foram dados no empate", avaliou. No entanto, o jornalista apontou que é necessário mais: "Se organizar de forma regular durante os 90 minutos. Crescer enquanto equipe e evoluir na leitura de jogo". Coutinho destacou que o Bahia escancarou essa necessidade ao melhorar na segunda etapa: "Os gaúchos não foram bem nos primeiros dez minutos e caíram bastante depois de abrir 2 a 0 no placar".

Entre os torcedores ilustres, Nando Rocha, colorado conhecido no Twitter, manteve certo otimismo apesar da frustração. "O Inter decepcionou após abrir 2 a 0, mas se jogar assim os jogos que faltam, já é suficiente para escapar com as calças na mão", postou. Ele também analisou que o Santos não disputa mais o rebaixamento, considerando a tabela favorável do time paulista (que ainda enfrenta Sport, Mirassol e Juventude, nota do ed.).

Alexandre Ernst foi crítico à comissão técnica em seu perfil. O jornalista destacou que, após 45 dias de trabalho, o treinador não sabe o nome do reserva de Bernabei. "Ramón e Emiliano ironizaram a pergunta sobre a responsabilidade deles nesse momento do Inter. Ramón chegou a dizer: 'chegamos há pouco'. Eles estão há 10 jogos e 45 dias no comando técnico", ironizou Ernst, que resumiu: "Time tem a vitória diante do Botafogo e o primeiro tempo de hoje contra o Bahia como bons".

Alan Rother, do portal Somos Colorados, fez análise detalhada e dura. "Posso estar sendo injusto porque não tenho bola de cristal, mas se Ramon Díaz sacasse o Bernabei e inserisse Victor Gabriel, com um volante decente que não fosse Richard, o Inter não teria sofrido o empate", opinou. Rother criticou a falta de leitura de jogo no momento crucial: "Bernabei perdia todas as divididas e deveria ter sido sacado, segue comprometendo muito mais do que o próprio Renê, que foi corrido do Beira-Rio". Sobre a atuação geral, avaliou: "Não faltou vontade, aplicação da equipe, mas qualidade e detalhe. E preocupa justamente isso: quando jogamos bem, não vencemos, e quando é o inverso, somos presa fácil".

O analista ainda destacou como ponto positivo a reação após o jogo competitivo contra o Atlético-MG, mas não poupou a direção: "Essa direção, por completa incompetência, desmanchou a base que antes tinha vencido o próprio Bahia, com Fernando, Wesley e Valência. Os dois últimos, mesmo com 2025 abaixo, ajudavam. Wesley cavava pênaltis e tinha bom posicionamento tático defensivo, o que Carbonero e Prado não têm". Alan concluiu responsabilizando os dirigentes: "Mesmo com as críticas aos treinadores, é deles a enorme responsabilidade pelo sofrimento destas últimas rodadas. Não souberam avaliar as saídas e muito menos repor minimamente, pensavam que esta reta final era jogo jogado, erro crasso".

Categorias

Ver todas categorias

Carbonero vale o investimento de R$22 milhões?

Sim

Votar

Não

Votar

75 pessoas já votaram