O número de substituições permitidas em partidas de futebol oficialmente aumentou de três para cinco como parte de uma mudança nas regras do "Jogo Bonito".
A International Football Association Board (IFAB) ratificou o ajuste durante uma reunião em Doha, capital do Catar, na segunda-feira. A regra das cinco trocas foi originalmente introduzida em maio de 2020 devido à pandemia de coronavírus.
A entidade também definiu que os treinadores poderão contar com até 15 atletas no banco de reservas a partir do dia 1 de julho.
O IFAB afirma que as substituições podem ser feitas em três ocasiões durante uma partida, com exceção do intervalo. As equipes também podem fazer uma sexta mudança se uma partida for para a prorrogação. O uso de cinco substitutos foi um tema controverso no passado.
O técnico do Liverpool, Jurgen Klopp, e o técnico do Manchester City, Pep Guardiola, são grandes defensores da regra, mas outras equipes inglesas com elencos menores alegaram que isso daria aos maiores clubes uma vantagem injusta. O ex-técnico do Burnley, Sean Dyche, liderou os protestos contra cinco substitutos e entrou em conflito com Klopp sobre o assunto em várias ocasiões. No entanto, o alemão e Guardiola tiveram sucesso em sua tentativa de reintroduzir a medida, que visa aumentar o bem-estar dos jogadores. No Brasil, o técnico Tite era favorável.
Em outros lugares, os legisladores do futebol realizarão mais discussões sobre substitutos de concussão e o uso de tecnologia semiautomática de impedimento. Substituições de concussão foram testados, enquanto a tecnologia inovadora estava em uso durante o Mundial de Clubes, que o Chelsea venceu no início deste ano. Ele usa 10 câmeras dedicadas e 50 câmeras de televisão para coletar um grande número de pontos de dados para cada jogador, com o objetivo de agilizar decisões complicadas de impedimento.
A tecnologia pode ser usada na Copa do Mundo do Catar neste inverno, mas Pierluigi Collina, presidente do comitê de arbitragem da Fifa, insiste que não pode ser resumido a um "impedimento de robô". Falando em fevereiro, o ex-árbitro italiano disse: "Continuamos um teste para tentar alcançar o objetivo: ter decisões mais precisas e também decisões mais rápidas em incidentes de impedimento.
"Alguém chamou isso de impedimento de robô; não é. Os árbitros e os árbitros assistentes ainda são responsáveis pela decisão no campo de jogo. A tecnologia apenas lhes dá um suporte valioso para tomar decisões mais precisas e rápidas, principalmente quando o incidente de impedimento é muito apertado e muito difícil."