Na última quarta-feira (30), além do empate contra o Flamengo, um tema polêmico agitou os bastidores do Beira-Rio: o requerimento da oposição do Inter para analisar a destinação dos recursos provenientes do contrato com a Liga Forte União. O pedido, assinado por 154 conselheiros, foi motivado pela falta de informações e pelas cláusulas de confidencialidade que cercam o contrato. A questão foi integrada a uma comissão especial que já estava analisando outros assuntos e deve ser concluída até meados de dezembro.
De acordo com o colunista Leonardo Oliveira do GZH, a mesa diretora do Conselho Deliberativo delegou a sete membros a responsabilidade de debater o pedido. A comissão é composta por Alexandre Chaves Barcellos, André Miola, Bruno Vanuzzi, Diogo Bier, Paulo Corazza, Pedro Bossle e Roberson Soares, sendo que cinco têm ligação com a oposição e dois com o presidente Alessandro Barcellos.
Os membros da comissão elaborarão relatórios sobre a questão, que serão submetidos à votação. A oposição critica a destinação de 20% dos direitos televisivos, atualizados recentemente para metade desse valor, e questiona a promessa de que os recursos seriam usados para quitar dívidas e construir o CT em Guaíba. No entanto, há preocupações internas sobre a viabilidade do projeto na região metropolitana de Porto Alegre, especialmente devido a enchentes.
Alessandro Barcellos comentou a situação após o jogo contra o Flamengo, afirmando: "Eu tenho absoluta certeza de que essa gestão é a gestão mais transparente que o Internacional teve. Nunca respondemos tantos questionamentos, nunca abrimos tantos números, nunca fomos tão claros sobre a situação do clube e sobre tudo aquilo que a gente faz. Espero que isso não atrapalhe o andamento do clube como um todo e que a gente possa continuar focado no futebol."