No ESPN 360 desta terça-feira, o presidente do Inter, Alessandro Barcellos, criticou a arbitragem brasileira, destacando a necessidade de profissionalização urgente devido aos erros na formação dos árbitros pelas Federações estaduais. Ele apontou a polêmica da 1ª rodada do Campeonato Brasileiro como exemplo, expressando preocupação com o impacto negativo no torneio.
Para Barcellos, o nível das arbitragens é incompatível com os gastos atuais de boa parte das equipes brasileiras.
"Eu tenho sempre falado isso (sobre profissionalização dos árbitros). Isso, infelizmente, sempre cai na vala comum... Em reuniões junto a CBF, falamos sobre a importância da profissionalização do futebol", iniciou.
"Vamos pegar a formação dos nossos árbitros. São 27 Federações que formam (os juízes). Cada uma de um jeito. Aí no Brasileiro, chamamos os 27 Estados para apitar o campeonato e tenta em um cursinho básico dar toda a dimensão. Na primeira rodada, já se nota que não há uma escola única", ressaltando a falta de critérios dos árbitros em lances semelhantes.
"Você tem clubes que faturam mais de R$ 1 bilhão. No caso do Inter, fatura R$ 500 milhões. Investimentos altíssimos, e você não tem uma parte desses recursos destinadas para aquele que o principal mediador em campo que é o árbitro? Para investir em profissionalização, formação? Acho que temos que pensar mais", argumentou.
O cartola revelou, inclusive, que ligou para Leila Pereira, presidente do Palmeiras, para deixar clara que a manifestação nada tinha a ver com o clube paulista.
"Sei que incomoda todo mundo o dirigente ir reclamar só quando perde. Podemos ser beneficiados e outras vezes não. Importante é que a gente alerte esse tema (de arbitragem). Não preparar terreno, vamos olhar como tema importante no futebol brasileiro", pediu.
"Eu mesmo fiz questão antes de me manifestar, de ligar para a Leila, para avisá-la de que não se tratava de nenhum condicionamento a arbitragem, mas que é uma preocupação dela, do Palmeiras, de coisas que já levamos a CBF", prosseguiu.
"Ela concorda que arbitragem tem que ter prioridade. Tenho certeza que os clubes, dirigentes e a CBF estão preocupados com isso. Temos que tratar como tema importante", finalizou. (Via ESPN)