O lateral-direito Colorado Fábian Bustos conversou com o GZH em matéria divulgada nesta sexta-feira. O jogador argentino falou também sobre a sua adaptação rápida, a rivalidade Gre-Nal entre outros temas. Confira os principais trechos.
DECLARAÇÕES:
Sua chegada e adaptação: "Cheguei, conversei com o técnico Alexander Medina, ele queria que eu viesse. E também era hora de sair, queria conhecer outros mercados. Cacique fez uma força para me contratar. O melhor foi ter chegado já antes, no início do ano, quando já tinha ritmo de jogo e estava pronto para jogar. Se fosse em junho, talvez demorasse ainda."
Possível interesse do River: "A disputa com o River foi um dos pontos da negociação. O Inter avançou da melhor maneira e fechou o acordo. São dois grandes clubes, e a diferença foi a agilidade daqui para concluir o contrato."
Sobre vontade de jogar no Brasil: "Gosto do futebol brasileiro. E também pode ser um bom passo para chegar à Europa."
Mudança de Medina para Mano: "Primeiro, quero agradecer à comissão do Medina, que me quis aqui. O que mudou? Quase nada. Estamos jogando de forma parecida, mas agora a bola está entrando e antes não. Também estamos tomando menos gols. São coisas que acontecem. Para mim, especificamente, é parecido. Eles sabem minhas características, dão liberdade para chegar ao ataque. Os técnicos se adaptam ao que os atletas fazem."
Sobre a Sul-Americana: "Creio que é um dos objetivos do grupo a Copa Sul-Americana. Vamos passo a passo, partida a partida. Vamos ver o que acontece no sorteio e buscamos chegar o mais longe possível."
Sobre diferenças entre futebol brasileiro e argentino: "Os times argentinos são times duros, brigam muito, são guerreiros. Os brasileiros são mais fortes ofensivamente. De qualquer jeito, precisa ter concentração total porque são os detalhes que eliminam ou classificam."
Sobre possiveis rivais: "Não tem preferência. Para ser campeão, tem de vencer todos. Se enfrentar times grandes, fica ainda mais bonito e dá mais crédito à Copa."
A vida em Porto Alegre: "A cidade é linda, tranquila. Na comparação, Buenos Aires é mais louca, tem mais trânsito. Estou tranquilo, feliz. Conseguiu fazer alguma coisa nesse período? Me disseram para ir a Gramado, que é lindo, mas não fui ainda. Tem bons restaurantes no shopping aqui. Mas prefiro ficar com minha namorada, em casa, tomar mate, ver TV. Ela brinca que sou "anti". Mas gosto de ver jogos de futebol, agora as finais da NBA.
Melhor momento que viveu até agora? "A vitória em cima do Grêmio, pelo Gauchão. Foi uma grande partida.
E o pior? "A derrota para o Grêmio na semifinal."
A rivalidade: "É parecido com a Argentina? Aqui se vive um pouco mais, por serem só duas equipes em Porto Alegre. Em Buenos Aires disputam entre quatro e cinco. A rivalidade parece maior aqui, mas os argentinos também são muito apaixonados.
O Racismo. Como enxerga essa situação: "É um tema complicado. Me tocou viver aqui, porque na Argentina não se fala muito desse tema. Na Argentina, por não viverem tanto esse tema, acabam levando como brincadeira e por isso acaba acontecendo quando jogam com equipes brasileiras. É um tema que tem de se debater bastante. Hoje, vivo essa discussão aqui. Na Argentina, as pessoas não se dão conta do que estão fazendo, e que isso faz mal a outras pessoas. Muitos ainda levam como brincadeira, mas não é brincadeira, para o Brasil e para o mundo. Tem que levar o tema mais a sério."