Texto por Colaborador: Redação 07/03/2022 - 04:36

As dificuldades iniciais demonstradas pelo Inter neste início de temporada deveriam ser compartilhadas e não cair somente no colo do Alexander Medina. É esse pelo menos o ponto de vista do comentarista Gabriel Corrêa, ex-Band e atualmente do Footure.

Avaliando rapidamente o momento colorado após a vitória por 1 a 0 sobre o Aimoré, para o especialista os problemas decorrem de uma junção, como explicado abaixo, em seu twitter: 

Gabriel Correa: "A equipe tem um modelo central e um padrão seja pra iniciar as jogadas ou tentar finalizar, porém a execução tem sido pouco constante… E quando falamos em execução, podemos ter, no meu ponto de vista, duas vertentes:

1. quem executa são os jogadores e o próprio Cuesta afirmou que os jogadores entendem, mas não estão bem;
2. escolha do treinador de jogadores que não tenham as melhores características pra função;

Dito isso, eu repito: o Inter tem um padrão e “ideias” do treinador em campo, mas com execução ruim. O próprio Medina falou que pra melhorar, precisa também dar mais confiança aos jogadores. E um outro detalhe: o próprio Talleres sofria pra construir contra defesas mais fechadas.

Pra não me estender, fazendo uma comparação (bem simplista até). Com o mesmo tempo de trabalho, Pezzolano faz o Cruzeiro ter uma fase ofensiva mais criativa por se tratar de um treinador que foca nessa fase. Por outro lado, o melhor Medina preferia não ter a bola e atacar rápido."

Esse conceito também foi defendido pela jovem comentarista da Band, Michelle Silva, que expôs uma leve melhora, ainda que insuficiente: 

"Inter melhorou com relação ao jogo contra o Globo até porque piorar não dava. Pra mim, o jogo contra o Aimoré foi mais uma prova de que esses jogadores podem entregar mais. Ainda está longe do ideal, mas a pressão foi melhor executada. E Medina tem razão numa leitura que ele faz.

Ele fala que não faltou “criatividade” e que o time jogou muito tempo no campo rival e tá correto. É fato que o time joga no campo de ataque e tem mais a posse. Só que essa posse precisa ser convertida em chances, aí faltam duas coisas que Medina citou: confiança e arremate.

Hoje o Inter foi mais voluntarioso por conta do Mauricio. Ele chamou a responsabilidade, nem sempre acertou, nem sempre funcionou, mas ele se oferecia sempre como opção. Se todo time fizer isso e for ousado nos passes, a posse vira chances de gol. Pra isso precisa de confiança.

Ainda assim não é o ideal, é longe do ideal. Esse time vai ter que mostrar mais e pode mostrar mais. Foram alguns lapsos vs Aimoré, mas o bastante pra perceber. Gostei da coletiva do Medina, foi consciente. Mas a exigência por evolução tá aí. O Inter precisa corresponder", opinou. 

Na contramão da dupla, o jornalista da Rádio Guaíba, Carlos Guimarães, não perdoou mais uma atuação insuficiente do SCI em 2022, sobretudo em relação ao trabalho do uruguaio:

"Eu não entendo as intenções do treinador. Não entendo as modificações, o que ele pretende, não vejo mecânicas básicas de jogo. O Inter não tem modelo de jogo. Jogou muito pouco novamente. É difícil enxergar alguma coisa.

Eu não vi em nenhum jogo o Medina interpretar bem o que acontece em campo e fazer boas mudanças. Inter contra o Aimoré, só 1 a 0 e fecha o time com três jogadores de marcação. Foi aos 25 do segundo tempo. Eu ainda não entendi o que esse treinador pretende e não é hoje, é sempre", disparou.

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