Crônica avalia estreia de Chacho: 'serve a postura...agora precisa de entrosamento'

Texto por Colaborador: Redação 24/07/2023 - 05:26

Red Bull Bragantino e Internacional empataram em 0 a 0 na tarde deste domingo, 23, no Nabi Abi Chedid em Bragança Paulista (SP). O jogo foi movimentado, com boas chances para os dois lados, mas nem o Massa Bruta nem o Colorado aproveitaram as oportunidades. Após o jogo, compilamos algumas das principais avaliações na crônica esportiva especializada. Confira abaixo:

LUCAS PUME (GE)

Me serve a postura. No final do jogo contra o Santos, o Bustos vai bater um latera rápidamente e o Mano enlouquece. E a ação tida pelo time é jogar a bola para o goleiro. A imagem emblemática do Coudet pedindo para o time ir pra frente (nos últimos min) e colocando a mão na cabeça quando o jogo acaba é o que diz sobre o novo momento do Inter. E espero que isso comece a se repetir em campo, porque hoje ainda foi muito desorganizado, e ai o que me serve é a postura.

O que aconteceu em campo foi um pouco do que deu para trabalhar mas ainda é muito prematuro.

RIBEIRO NETO (YOUTUBE)

O time foi mais compacto, mais intenso na busca pela 2 bola, Enner Valencia puxando a bola pela esquerda - que é onde ele gosta de jogar -, um time mais junto mas evidentemente ainda sem talvez e é duro falar, são os mesmos jogadores, entrosamento se pode se falar porque ele mudou o posicionamento do Alan Patrick e isso faz que o reloginho do time Mano se modifique.

O resultado não foi bom para nenhum dos dois, porque um pontinho não mexe em nada na vida do Inter. Pra sorte do Inter a parte de baixo também não venceu. O 0 a 0 foi justo, o Inter teve lá suas chances, teve bola na trave nos dois lados, eu achei um jogo pobre tecnicamente mas bom de se assistir, em determinado bem aberto, e os times buscaram o resultado, isso é inegável, mas com pouca qualidade no terceiro terço. 

E o Inter teve dificuldades e ai eu volto na questão do entrosamento, foi um time mais compacto, agressivo na busca pela bola e intenso, e isso deu pra modificar, porque o time tava mais compactado, aproximado, me pareceu que isso fez até o De Pena crescer um pouquinho, o Aranguiz tava mais a vontade, tirou o Romulo já para preparar o Bruno Henrique, o Wanderson tava numa linha abaixo do Valencia para dar espaço para ele correr e armar contra-ataque. O Enner é um jogador de movimentação, o Bustos liberado no corredor conseguiu jogar, então o SCI teve algumas mudanças e parece que não é muito, mas todo aquele relógio que está treinado, e tu tira uma pecinha e bota outra já precisa de um tempinho de treino. Achei que o Alan Patrick tava demorando pra achar o Valencia, e esse entrosamento teve algum momento que achei que o Inter tava no 4-4-2, com o Alan Patrick de atacante. E isso talvez seja uma ideia que o Coudet queira passar para o ano que vem pela frente. E o time do Inter salvo o Bruno Henrique que vai entrar não vai ser muito diferente disso. Então o Inter precisa de treino, de entrosamento e manter essa atitude que eu gostei tá, gostei da pegada que é bem da característica do Coudet. 

Achei o Nico um pouco atrapalhado, não sei. Achei o Rochet ok, teve uma saída complicado no início também fruto do desentrosamento, mas é um goleiro bom. Então o que fica do jogo - muito mais que o resultado - é o projeto Coudet mirando o jogo contra o River Plate, que nós vamos ter mais uma etapa contra o Cuiabá, ai com o Inter sendo o proponente do jogo. 

MAURÍCIO SARAIVA (GE)

Chegou a ser promissora a estreia de Coudet pelo Inter contra o Bragantino, caiu para regular e acabou neutra. Ruim seria perder e alimentar a turbulência da saída de Mano Menezes.

Vencer traria um ânimo renovado para o jogo contra o Cuiabá no Beira-Rio e especialmente diante do River Plate na Argentina. O empate foi um armistício. Agora, Coudet trabalha a semana inteira, faz todos os testes a que tem direito durante a semana e experimenta no campo.

Às vezes, o Inter marcou alto contra o Bragantino. Outras vezes, teve defeitos técnicos de acabamento já vistos com o técnico anterior. Alguns jogadores demoram muito a retomar o padrão do ano passado.

Wanderson e De Pena estão longe demais dos seus melhores dias. Enner Valencia foi servido centralizado, esteve perto de fazer um gol, melhora jogo a jogo. Coudet vai precisar ter a eficácia de Dorival Júnior no São Paulo para resultados imediatos.

DIOGO OLIVIER (GZH)

Se vai dar certo em tão pouco tempo, não há como saber. O Inter se atrasou na temporada. Mas o empate mentiroso em 0 a 0 (bom jogo, intenso e ofensivo dos dois lados) com o Bragantino, no interior paulista, mostrou um time diferente do que vinha sendo.

E não só na escalação, com Rochet no gol em vez de John. O Inter de Eduardo Coudet foi mais corajoso, assumindo riscos, marcando alto e até surpreendendo por ter força física para tanta intensidade.

Decisões individuais erradas e espaços naturais gerados pela nova disposição tática foram visíveis. Natural em começo de trabalho.

Mas, no no alvo, o Inter finalizou até mais: 5 a 4. O Bragantino é muito forte em casa, e o Inter não apenas baixou linhas, esperando o contra-ataque. Tentou jogar, sempre colocando jogadores adiante da linha da bola. Teve coragem.

Enner não fez gol, mas foi sua melhor partida. Um Inter muito diferente — eis a primeira amostragem com Coudet.

MICHELLE SILVA (BAND)

Combatividade, pressão alta e no setor da bola, pressão pós-perda, linha defensiva alta que sobe junto com o meio campo, dois jogadores no ataque, trocas rápidas de passes, saída com goleiro + zagueiros, laterais abertos. Novidades dos primeiros minutos do Inter de Coudet.

Não gostei de Rômulo no banco pelo que ele vinha jogando, mas entendi que Coudet pudesse mesmo mexer ali. Johnny tem uma característica que contribui para o estilo do novo técnico do Inter: subida pra pressionar. Funcionou bem no primeiro tempo vs Bragantino.

Gostei também de Rochet saindo com os pés. Inter ganha uma boa opção na saída de bola.

O segundo tempo deve impor mais dificuldades ao Inter, que não tá acostumado a essa pressão, tanto em altura quanto em intensidade. Bragantino já é uma equipe mais preparada pra isso.

Como já previsto, o segundo tempo foi de maiores dificuldades para o Inter. A pressão foi mais solta e o time também teve dificuldade de reter a bola.

Não gostei de Alan Patrick e Renê. Possivelmente só uma questão de adaptação e entrosamento. Já Johnny e Aránguiz foram bem.

Curiosa para saber o que Coudet deve utilizar nos próximos jogos pelos dois lados da linha de três a frente do meio campo. De Pena foi melhor sem a bola do que com ela. Com a posse, ficou um pouco torto. Inverter com Aránguiz ou até mesmo Wanderson talvez seja bom.

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