Da falta de evolução para a involução: esse parece estar sendo o caso do Internacional após apenas 8 jogos de Campeonato Gaúcho. Desde o revés para o Ypiranga, uma vitória pouco convincente em Caxias, um empate enfadonho contra um Xavante praticamente misto e, agora, nova derrota para um dos piores times do campeaonato, São José, trazem à tona uma equipe que demonstra poucas soluções e muitos problemas. Nesse furacão, a necessidade de vitórias ampliam o problema. Tentando entender o que se passa, inúmeros cronistas apontaram suas conjucturas. Confira algumas:
Baldasso: "Onde querem levar o Internacional? Qual é o limite da incompetência? até onde devemos tolerar a incompetência a arrogância de quem não admite o erro de suas concepções e conceitos?
Essa direção foi eleita com uma cartilha que eles mesmos estabeleceram, de revolucionar o futebol, num Inter propositivo, de austeridade financeira, um Inter de transparência, que aproveita a base: nada disso está acontecendo. E os resultados de campo cade vez mais mostram a incompetência de uma gestão que erra tudo.
O que vimos hoje no Passo d'Areia é só mais um ponto, um passo de constrangimento dessa gestão que é uma das piores da história do Inter nos faz passar. Nós tomamos um totó do Zequniha no 2T. A direção mais uma vez resolveu trazer um técnico de fora que todos nós dizíamos: não é o momento pra isso, estamos em turbulência, o cara não conhece. São 8 jogos de Cacique e o Inter piorou a cada jogo. O trabalho dele é inqualificável até agora. E vejam bem está aqui o Baldasso que essa direção contrata mal, não traz os pontas, mas com esse time que está em campo, que jogou hoje, tu tem que jogar muito mais.
Gente nós fomos envolvidos por um dos piores times do Gauchão, que é o São José. O Inter não tem nada. O Inter teve duas faltas ao lado da área e três jogadores do São José apareceram livres para concluir. Não é individualidade, o Cacique não conseguiu arrumar nada. O Inter é um fiasco defensivo, pelos lados, por cima, por baixo, nos 8 jogos que jogou até agora contra adversários ruins. Nossa defesa está vazando contra adverários ruins. Do meio pra frente, gente, Meu Deus do céu, o Inter não consegue trocar 3 passes com jogadores aproximados com alguém recebendo de dentro da área pra finalizar. O trabalho do Medina é um grande conjunto vazio até agora. O Inter não tem nada, e o trabalho de campo não é só o reflexo de um trabalho mal concebido pelo treinador, é o reflexo de uma gestão incompetente, que erra, erra e cada vez erra mais. E cada vez fica mais arrogante achando que está certa. E cada vez mais arrogante não admitindo que errou. E cada vez mais arrogante para não mudar sua convicções. Essa gestão, com essas convicções e atuações, vai acabar nos levando para à Série B. Se não mudar tudo, passarem a ouvir a torcida, tomar atitudes corretas, ao usar direito o dinheiro do clube e não gastar 30 milhões em Marrony e David.
O nosso destino está traçado: se não mudar tudo, o nosso destino está traçado. Uma vergonha o que nós vimos hoje. O time do Inter em 2022 é um LIXO."
Maurício Saraiva (GE): "Nenhuma boa atuação, duas derrotas tomando três gols por jogo e dois empates no Beira-Rio contra o Novo Hamburgo sem treinador e o Brasil de Pelotas sem cinco titulares. Este é o combo que me leva à manchete da coluna.
Não digo que o trabalho não é bom porque ser é o verbo do definitivo. Uso o estar, que é transitório. O que não está bom, pode se tornar bom. O que é ruim, ruim será.
A direção tem parte relevante no trabalho ao atrasar a entrega de peças para Medina jogar à la Medina. E o treinador anda se atrapalhando nas escolhas com as peças já disponíveis. A turbulência de perder para o São José vai para o Gre-Nal do Beira-Rio. Pode diluir ou agravar com o resultado do clássico."
Andre Silva: "São José não marcava um gol desde a 3 rodada (465 minutos). Em 16 minutos do 2tempo (7-23) fez 3 no Inter. Número igual ao total que tinha no campeonato.
O problema do Inter não é apenas peças (jogadores). Time não tem ideia, forma. Cada jogo, o treinador faz uma salada na escalação e especialmente nas trocas.
Cristiano Munari: "Como estaria jogando o Inter se a diretoria tivesse conseguido contratar Marinho e Barco? Veio David e o Marrony tá para vir (certamente não jogará o Gre-Nal). Contrataram um técnico que monta times com extremas e não entregaram bons extremas.
Poderiam ter contratado um técnico que monta time sem extremas - Eduardo Domínguez, por exemplo -, mas optaram pelo Cacique. E não entregaram extremas. É um festival de decisões erradas.
Da forma como a direção de futebol do Inter é sem convicção, me parece claro que logo vão demitir o Medina como solução. Mas são dois anos de gestão com uma terceira comissão técnica que não serve. Será que o problema tá mesmo na casamata?
Feitas críticas a elenco e direção, é claro que o Medina tá devendo. O início do trabalho do uruguaio é bastante inferior ao que foi o do Ramirez no ano passado. E o espanhol tinha a missão de implementar uma ideia de jogo imensamente mais complexa".
Michelle Silva: "Para jogar pra torcida, para dar mais um título ao D’Alessandro antes da despedida, não sei, mas fato é que a direção do Inter encheu a boca pra falar que iria para o Gauchão com força máxima, pra vencer. Bom, vamos lá…
Que força máxima é essa se a direção mudou a rota de novo com mais um técnico? Que força máxima de Medina chegou há menos de 2 meses? Que força máxima é essa se o volante que deve ser o titular (Gabriel) foi regularizado no BID há menos de 10 dias?
Beleza, Paulo Bracks e Papaleo falaram que as negociações foram difíceis. O clube tá com dificuldades financeiras. Se entende. Mas é prudente e correto falar em força máxima nesse contexto? A direção Colorada, quando faz isso, dá indícios de não saber o que está fazendo.
Assim, o Inter atraiu pra si uma pressão desnecessária (parecido com o que fez no GreNal ano passado). Medina ter dificuldades com menos de 2 meses e reforços recém chegando é normal. Anormal é a direção do Inter ignorar isso e jogar pra torcida, dizendo que vai com força máxima.
Essa força máxima não se vê nas derrotas. Nas derrotas é o Medina sentado em frente a câmera na coletiva de imprensa do Inter. Papaleo? Barcellos? Nada. Não vai aparecer ninguém pra dizer que prometeram algo incompatível com a realidade do clube? Nem força mínima pra isso.
O Inter, na figura da direção, age como se viesse de anos bem organizados, sem nenhuma ruptura de estilo e de trabalho de técnico, nem traumas de derrotas. É essencial saber aonde está para saber onde quer chegar. Planejamento é(deveria ser) isso também.
Neste cenário, tem gente me marcando e me cobrando para que eu comente sobre o Medina, pois antes dele chegar falei sobre o estilo dele e de alguns jogadores. Pois bem, não sou tutora dele e nem trabalho no Inter pra me responsabilizar por ele, mas vamos lá:
Do que se pode cobrar do Medina neste estágio: 1. as trocas, que vem bagunçando o time, mas com a obs. de que algumas delas são em função de não ter ainda os reforços necessários (Bustos, por exemplo) e 2. a bola aérea defensiva, sobre a qual se esperava alguma evolução e não há."
Bruno Ravazzolli: "Campanha do Inter é de 3V, 3E e 2D - 10 gols marcados e 9 sofridos. Dificuldades ofensivas e defensivas. Time tem poucos momentos bons, alguns sofríveis e muitos abaixo da expectativa."
Nícolas Córdova: "O Inter cria uma pressão totalmente absurda e desnecessária para o grenal de sábado.
Nenhuma boa atuação até aqui, o trabalho do Medina é ruim e o presidente se omite da responsabilidade. Tudo errado!"