Texto por Colaborador: Redação 19/03/2023 - 05:04

Justo quando Mano Menezes está perto de completar 11 meses de trabalho no Inter no próximo domingo (19/3), em um total de 52 jogos, com 26 vitórias e 20 empates, além de 6 derrotas, o seu trabalho inicia 2023 com questionamentos cada vez mais pesados. Com atuações abaixo da crítica em toda temporada, o SCI novamente trouxe mais dúvidad e questionamos após uma atuação medíocre na Serra Gaúcha. Se não melhorar substancialmente, não há chances de título no Gauchão e muito menos, na Libertadores. Exagero? Para muitos da mídia especializada, não. Confira algumas das principais avaliações da crônica após o empate em 1 a 1 com o Caxias:

NANDO GROSS (YOUTUBE)

"O resultado não foi o pior do que aconteceu, o que aconteceu realmente é que o Inter regrediu em relação ao time do ano passado. O Inter joga muito pouco e tem que comemorar o empate em Caxias. Não foi ruim (resultado) mas joga pouco o Internacional.

Tu que é colorado e estava imaginado: pow, o Inter terminou 2022 em alta, o Grêmio subiu da segunda e a gente viu né, daquele jeito, futebol do Grêmio era horrível, a perspectiva era do Inter no Gauchão ir pra cima, atropelar, ser o grande favorito, não acontece isso, o Inter se apequenou no campeonato gaúcho e o Grêmio cresceu. A gente vê o Grêmio se impor diante dos adversários e o SCI naufragar. A marcação do Inter é de uma fragilidade, o espaço que tem o adversário para jogar. O Inter não pressiona NUNCA o homem da bola, as linhas jogam baixas, muito recuadas, quando o Inter tem a posse parece que os caras estão há 3 km um do outro. É um time que não tem mecânica defensiva e ofensiva. Depende de uma jogada de alguém, talvez uma transição que era a especialidade do ano passado, em velocidade, mas aquela mecênica de com bola botar o adversário no seu campo, pressionar, não. Teve menos posse de bola que o Caxias, atacou menos, enfim, foi um jogo ruim do SCI. Algumas decepções individuais como o Matheus Dias, que é um garoto, mas a característica do que se viu ainda mais ao lado do Johnny, ficou potencializado uma lentidão nos volantes, falta de intensidade desses jogadores. O volante naquela função ele tem que ter mais intensidade, mais elétrico, tem que chegar, dar o bote, voltar, desarmar, passar a linha da bola, nenhum dos dois...ambos num ritmo lento, e o adversário jogando. Muito aquém do que a gente poderia imaginar. Confesso que é preocupante essa queda de desempenho do Internacional.

Pra mim começa no aspecto coletivo. O Inter defende mal, marca mal o adversário e dá muitos espaços. E não é um time que está vocacionado para atacar. E o Inter não pressiona para ir em busca da bola, ele observa o adversário, não faz pressão e não tenta retirar a bola do adversário. Eu confesso que vendo o SCI jogar a gente fica imaginado o retrocesso que aconteceu porque a sempre uma frustração ou decepção que vem diante da perspectiva, que anteriormente era de um Inter crescer em relação ao ano passado. E o Inter paralisou da sua diretoria, não se reforçou, perdeu jogadores, o ambiente começou a ficar ruim vendo o Grêmio crescendo e trazendo jogadores. Chega o Suarez e gente, alguém acha que o ambiente gremista e o sucesso nesse momento não afetou emocionalmente o SCI? não deveria mas afeta, pressionou o Internacional para que os resultados fossem melhores. E agora o SCI joga assim, não tem vontade mas pressionado e não consegue jogar em alto nível. O Caxias foi melhor do que o Inter e poderia ter ganho, muito bem armado. É um time que tem todos os méritos, propõe o jogo. Então ele tentou a todo instante.

Não tem nada definido no Beira-Rio, e talvez este seja o medo do torcedor do Inter para o jogo da volta, e que o futebol que o Inter vem jogando não autoriza ninguém a dizer: bah o Inter já está na final. Vai ter que ganhar do Caxias e olha, tá jogando pouco, e o que mais preocupa é quando a mecânica começa a ser ruim, o aspecto coletivo, e ai tu vê tudo que é individualidade começa a cair: De Pena, hoje começa na reserva, Wanderson idem, e assim vai. Não consegue definir porque todo mundo começa a cair de produção."

LEANDRO BEHS (YOUTUBE)

"Incrível: é o time do tanto faz. Ganhar, perder, empatar, ser eliminado, não ganhar há 7 anos? tanto faz, tá tudo numa boa né, pelo menos é essa impressão que dá. Porque puxa vida, tu vê o jogo de hoje, em menos de 5m tava 1 a 0 já, e aí tu simplesmente dá a bola para o Caxias, parece uma coisa proposital, o plano de jogo do Inter é entregar a bola para o adversário e se defender, jogar no contra-ataque e vê o que acontece. O Inter não consegue se impor contra ninguém. Contra o Caxias empatou as 2, com o Juventude idem, o GreNal vocês viram o que aconteceu, então é isso, é uma falta de expectativa ou esperanças que esse time do Mano Menezes traz. É uma falta de gana, de sangue nos olhos, parece que não tem vontade de ganhar, aquele ímpeto, um blasé, um ‘nojinho’ de jogar bola, não sei nem como definir mais, é um time tanto faz, é a melhor definição pra mim. É um time que não se indigna por nada, não reage a nada.

E agora a gente tá nessa, se perder o jogo: fora, não chega nem à final do Gauchão. Em um ano que tem Libertadores, tu tinha expetativa, mas por enquanto não se vê nenhuma evolução, um time indignado. O que mais irrita vocês é agora vamos ganhar, vamos atropelar esses caras, vamo para cima, essa falta de gana, de vontade, essa raiva em campo que a gente viu em muitos Inter's de anos atrás, hoje era o aniversário do F9, e eu não sinto isso nesse time atual. Um time totalmente blasé, que se acomoda com o resultado, além disso, já perdemos mais um jogador hoje por lesão muscular, isso que é UM joguinho de Gauchão por semana, e os caras todo jogo se machucam, que está havendo? e Abril pessoal, tem ao mesmo tempo Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão. Três competições: nós vamos ficar sem time para jogar. A grande questão é essa, o sistema tático do Mano não tá funcionando, mas sobretudo o plano de jogo não está funcionando, os volantes não estão funcionando. Não importa quem seja, desde que o Gabriel saiu, não funciona. Então acho que mais que se preocupar com atacante ou meia, é a hora de buscar volantes. Não adianta trazer seu Pituca no meio do ano ou Cuellar no meio do ano, tem que ser para agora ou a Libertadores corre risco. Com essa falta de bola e vontade, com essas lesões, n]ao vai sobrar nada, nem que pegue um grupo fácil. Abram o olho porque as coisas não estão funcionando.

Pelo que sei o Mano ainda tem o vestiário na mão, mas se o time começa a não ganhar, torcida começa a xingar, os jogadores passam a ficar emburrado e ai todo mundo sabe como as coisas ficam né?"

VINI MOURA (GZH)

"Estou incrédulo com o que presenciei em Caxias do Sul. O time do Inter jogou extremamente mal. Aquilo que falamos durante a semana se confirmou: o maior perigo para o Inter é o próprio Inter. É inaceitável, a essa altura do campeonato, a equipe não demonstrar nenhum tipo de evolução em todos os sentidos.

Fico imaginando, se em partidas de Gauchão o time fica tão acuado, como será a postura do time formado pelo técnico Mano Menezes para o resto da temporada? A tendência hoje é de que tenhamos enormes dificuldades em 2023.

Mano precisa ser cobrado sobre a falta de entrega técnica e tática do Inter. Está muito abaixo da crítica e não tem evoluído contra qualquer tipo de adversário. A equipe não pressiona e muito menos cria com clareza.

Seguimos aguardando mais desempenho por parte do Inter."

LEONARDO OLIVEIRA (GZH)

"Ao final no Centenário, o 1 a 1 acabou sendo de alívio para o Inter. O Caxias, pelo que produziu, merecia mais (...) pelo que se viu do rendimento do time, sobraram razões para o torcedor desconfiar. O Inter jogou no Centenário sem buscar o controle do jogo, especulou e, como deu muito a bola para o advesário, mostrou algumas desajustes que precisarão ser resolvidos por Mano Menezes com urgência. A prova disso é que a decisão desceu a Serra totalmente aberta para o jogo da volta, no fim da tarde do próximo domingo.

O Inter de Mano sempre foi um time de reação, de jogar na transição, roubando a bola e saindo em velocidade. Portanto, está longe de ser surpresa o que acontece agora. Mudaram, isso, sim, as expectativas dos torcedores, empolgados pelo vice brasileiro, e o nível dos adversários. Quando os colorados enxergam o Inter em campo contra o Caxias, da Série D, imaginam que seu time será dono da bola e da partida, ditará os rumos em campo. Não foi assim. Nem será. Este Inter reage, ataca espaço e joga no erro do adversário.

O decréscimo em relação ao time de 2022 é que o Inter deste ano está menos compactado. O Caxias, embora esteja na Quarta Divisão, é um time organizado, com ideia de jogo em que evita rifar a bola e constrói com ela de pé em pé. Quando chega ao ataque, se mostra insinuante, a partir da qualidade de nomes como Jean Dias e Peninha."

MARCELO DE BONA (GZH)

"O meio-campo do Inter pouco joga. Não há o carteador, aquele capaz de receber a bola dos zagueiros e laterais e fazer o time jogar. Só Alan Patrick consegue ter precisão nos passes. Até agora, nenhuma dupla de volantes deu a resposta esperada. Além de pouco acrescentar com a bola, eles marcam mal. Em Caxias, com Johnny e Matheus Dias não foi diferente.

Diferentemente do Inter, os volantes do Caxias fizeram tudo o que se espera daquele setor. Tudo passava pelos pés de Marlon e Gudes."

CRISTIANO MUNARI (RBS)

"O problema não é o Inter empatar com o Caxias, mas sim tratar esse resultado como bom. Como foi quando tratou como bom o empate com o Melgar no Peru ou no Gre-Nal, quando não teve uma postura de quem queria vencer. Fora de casa, Mano trata o empate como objetivo e isso é pequeno.

Ao projetar o volante além da linha da bola você está correndo riscos", diz Mano sobre a conversa com o Johnny no final do jogo. É isso, Mano trata buscar o 2-1 como correr risco. E trata como correto aceitar o 1-1 e manter seu volante atrás da linha da bola".

M. SARAIVA (GE)

"O Inter esteve mais perto de perder do que de vencer o Caxias no Centenário. O gigante vai favorito para casa porque o fator local pode ser muito decisivo numa definição de semifinal. No entanto, o desafiante não decepcionou quem esperava que mantivesse a estratégia ofensiva sem sentir o tamanho do jogo.

Um dos seus melhores jogadores, Jean Dias, cometeu pênalti infantil com três minutos de partida. Reagiu da melhor maneira: fez a jogada pessoal do gol de empate.

Caxias 1 x 1 Internacional - Melhores momentos - Semifinal do Campeonato Gaúcho 2023

Matheus Dias sentiu o jogo, depois se soube que sentiu também a panturrilha e isso deve ter prejudicado sua atuação. Mano o tirou no intervalo, o Inter melhorou até que o técnico tentou um 4-3-3. O Caxias voltou para o jogo, ganhou o meio e teve as melhores chances.

No contexto do que houve em Caxias, incluindo um lance que me pareceu pênalti a favor do anfitrião, o empate foi estrategicamente melhor para o visitante."

WAGÃO (R. INFERNO)

"Não pode o Inter achar que está tudo certo empatar dois jogos com um time da Série D. Mano volta a errar a escalação e isso já começa ficar em cheque."

FABIO GIACOMELLI

"A involução clara do Internacional de Mano Menezes. Futebol bem abaixo do aceitável para essa altura do campeonato."

MICHELLE SILVA (BAND)

"Wanderson e Alan Patrick são os dois melhores jogadores do Inter neste começo de 2023. Não me pareceu fazer sentido começar o jogo contra o Caxias sem ele. Além disso, Matheus Dias não era titular nunca, aí na partida decisiva é titular. Faltou coerência ao Mano Menezes."

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