Em entrevista ao programa Resenha ESPN, o ídolo Colorado Andrés D'Alessandro que atualmente joga pelo Nacional do Uruguai, revelou o motivo de ter deixado o clube na temporada passada e disse que faltou algo na despedida. Confira os principais trechos.
DECLARAÇÕES:
Sua saída do Inter: “Saí do Inter para dar lugar para outro. Aqui no Uruguai, nós temos menos jogos, posso aproveitar mais a minha família, coisa que no Brasil era difícil pela quantidade de jogos da temporada. Foi um pouco para descomprimir, para aceitar que o tempo passa para todos e também passou para mim.”
Sobre a despedida sem publico: “Eu fiquei com um gostinho amargo de não poder me despedir da torcida do Inter, do estádio lotado, por tantos anos de trabalho e para agradecer. Eu preciso agradecer por tudo que fizeram por mim”.
"Existe uma pressão absurda em cima de um jogador de futebol. Tem gente que não entende que nós somos pessoas normais. É preciso ter as costas bem preparadas pra aguentar, pra continuar...Eu sofri muito em 2012, o único ano que eu sofri três ou quatro lesões. Foi muito difícil pra mim. Quando eu cheguei em Porto Alegre, o Interacional, o Fernando Carvalho, o Tite, fizeram com que tudo tivesse sido mais fácil. O grupo de jogadores ajudou muito. O título da Sul-Americana, logo de cara, ajudou muito. Se isso não tivesse acontecido, talvez eu não teria ficado tanto tempo no Inter. Eu acredito muito no trabalho, na dedicação. A minha base, por causa da minha família, vem com dedicação, profissionalismo, esforço. Se não existe isso, não tem talento que aguente. Foi o único ano que eu tive alguma dificuldade, depois eu me acostumei. O ano de 2013, com o Dunga, foi um dos melhores da minha carreira. Eu marquei 20 gols, fui me adaptando melhor..."
"Aqui, quando cheguei no Uruguai, todos perguntaram como eu aguentei jogar no Brasil, com partidas a cada três dias.... quem sofre é a família. Por isso que minha saída do Inter foi pra descomprimir, pra aceitar que o tempo passa pra todos, e também para descansar e aproveitar a família. Aqui tem menos jogos, eu fico mais em casa com o meu filho. O futebol nos tira muita coisa, é claro que a gente não reclama. Sem o futebol eu não teria nada".