Nesta quarta-feira (13), a rede social X (antigo Twitter) foi palco de uma mobilização de torcedores do Inter para que sócios assinassem uma petição pedindo a antecipação da votação do projeto das debêntures. O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Gustavo Juchem, esclareceu que, pelo estatuto, apenas assembleias gerais voltadas para eleições, alterações no estatuto ou dissolução do clube podem ser convocadas por sócios, revelou o jornalista Leonardo Oliveira do GZH nesta quinta-feira. A antecipação da votação das debêntures só pode ocorrer mediante assinatura de 20 conselheiros.
O projeto das debêntures, em análise desde julho por uma comissão especial, tem prazo final de parecer em 30 de novembro, com votação prevista para 9 de dezembro, um dia após o último jogo da temporada. A administração de Alessandro Barcellos esperava iniciar a captação dos R$ 200 milhões ainda em 2024 para trocar dívidas de curto prazo por um financiamento de longo prazo com menores juros.
A sessão de votação das debêntures também incluirá a análise de um parecer sobre possíveis práticas de gestão temerária e falta de transparência em relação aos R$ 108 milhões recebidos da Liga Forte União em 2023. Apesar de auditorias e aprovações dos Conselhos Fiscal e Deliberativo, opositores alegam falta de informações sobre o uso dos recursos e crescimento da dívida. A comissão que avalia as debêntures, formada majoritariamente por conselheiros de oposição, também analisa essa questão.
Caso o parecer aponte gestão temerária e seja aprovado pelo Conselho, o atual Conselho de Gestão poderá ser destituído e novas eleições convocadas. Juchem, contudo, não vê indícios de que isso aconteça, mas as tensões nos bastidores sugerem um fim de ano agitado no clube.