Leandro Lopes/CBFDe acordo com informações dos jornalistas Martín Fernandez e Vicente Seda, do GE e do GOAL, os 20 clubes da Série A devem comparecer na manhã desta terça-feira a uma reunião em um hotel de luxo em São Paulo para dar início a uma liga independente no futebol brasileiro, supostamente denominada de "Libra". Segundo o portal, houve forte articulação entre os próprios clubes no fim de semana para que todos estivessem presentes.
A carta-convite é assinada pelo bloco composto por Flamengo e os cinco clubes paulistas que estão na elite nacional (Bragantino, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo). Nela, é detalhada a estruturação jurídica da criação da nova liga, com a Libra associação sendo detentora das ações da sociedade empresarial chamada de Libra S.A..
Diz a carta-convite que a eventual não aderência de um número mínimo de clubes previsto no estatuto da associação determinará a inviabilização momentânea da criação de uma liga, mas permitirá contudo que a associação reúna os direitos dos clubes que aderiram e os represente em bloco nas negociações. Mas o documento deixa claro. A intenção é formar a liga já nesta terça:
"Pretende-se promover a constituição da Libra, e da sociedade empresarial Libra S.A., em Assembleia Geral dos fundadores que realizar-se-á no dia 3 de maio de 2022, às 10h, na cidade de São Paulo. A participação de todos os clubes seria extremamente relevante para compor o quadro dos clubes pioneiros na implantação desse projeto, figurando como fundadores da Libra", diz a carta.
Há uma divisão: o movimento "Forte Futebol", iniciado em fevereiro com 10 clubes que se apresentaram como emergentes, outro bloco formado por Flamengo e os cinco clubes paulistas na elite nacional, e ainda um terceiro dos que não estão incluídos em nenhum destes dois. Grupos interessados em buscar investimento para a liga já afirmaram que a maior dificuldade é a falta de uma negociação unificada.
No documento que convoca os clubes para a reunião desta terça-feira, é exposto o argumento de que as competições brasileiras deveriam estar no mesmo patamar ou em nível superior a equivalentes no exterior.
"Convictos de que os fundamentos e razões para a criação de uma Liga que congregue os principais clubes profissionais do futebol já foram debatidos à exaustão, resta, neste momento, agir para dar corpo à entidade jurídica que representará esta congregação, para o que será necessário a constituição de uma associação sem fins lucrativos, que representará a Liga do Futebol Brasileiro - LIBRA, a ser formada por clubes de futebol que a ela decidam aderir, e a constituição de uma sociedade empresarial, a LIBRA S.A., que terá a própria LIBRA como sua única acionista", explica a carta dos clubes.
O texto traz ainda outras observações sobre a necessária isonomia dos clubes nos processos decisórios, gestão por profissionais independentes e capacitados e uma proposta de partilha de receitas que, segundo a carta, "permite igualdade de oportunidades a todos os seus participantes".
É destacado também que a adesão à Libra não comprometerá de imediato qualquer direito do clube, significanto "tão somente, a manifestação em participar como fundador da sua constituição. (...) A consumação da cessão dos direitos à Liga se dará em momento subsequente, atendendo à governança de cada clube".
A carta ressalta ainda que, para ser aprovada, a proposta de divisão de receitas precisará ser "objeto de decisão unânime entre os associados da LIBRA".
O encontro foi convocado pelo bloco composto por Flamengo, Bragantino, Palmeiras, Santos e São Paulo, com a carta-convite assinada por esses clubes. Mas o fato que gera otimismo de todos os grupos envolvidos é justamente a iniciativa das próprias agremiações de conversarem entre si para fortalecer a reunião.
O maior impasse, além de espaço em calendário para possíveis novas competições, é o rateio de cotas de transmissão de jogos. De acordo com o jornalista GILMAR FERREIRA:, do Globo, hoje, pode-se dizer que já há três grupos à mesa de negociação para a materialização da Liga. Um, com os grandes do eixo Rio, São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul; O outro, denominado “Forte Futebol”, com Athlético-PR e dez “emergentes” em ação na Série A; E o chamado sub-grupo, só com Flamengo e Corinthians, já inseridos no primeiro, mas que ainda não deram aval para divisão de receitas, sobretudo com relação ao dinheiro captado pelo Pay Per View (PPV).
O problema é que Athletico-PR, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Juventude e Goiás não concordam com a divisão das cotas. E se juntaram para que a Liga não se deixe levar pelos interesses das grandes. No mês passada, o “Forte Futebol” costurou apoio do Atlético-MG, que fará a interseção entre os blocos, na luta pela redução das diferenças no montante.
No contrato que termina em 2024, o dinheiro das transmissões nas TVs Aberta e Fechada é dividido da seguinte forma: Do total, 40% é distribuído igualitariamente, 30% vem com base na performance do clube e 30% é pago pelo número de transmissões. No PPV, o dinheiro é dividido com base na audiência do “torcidômetro”.
Ocorre que na assinatura do contrato, em 2014, Flamengo e Corinthians exigiram um mínimo garantido, diferente dos demais. E este é o “X” da questão. Os emergentes alegam que há clubes recebendo, no todo, até R$ 160 milhões por ano. Enquanto outros, como o Cuiabá, ganham menos de R$ 2 milhões (cerca de 1,2%) – e na mesma competição.
O pedido é para que a diferença não seja superior a quatro vezes maior entre o mais bem remunerado e o menos afortunado. Em princípio, Flamengo é contra, ainda que a Liga ofereça compensações. Corinthians fecha com os rubro-negros e o projeto trava no impasse.
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