Confira um compilado com as principais declarações do técnico Mano Menezes após o duelo diante do Colo Colo (4x1) desta terça (5), em partida que garantiu a classificação as quartas da Sul-Americana:
Vitória e atuação: “Primeiramente gostaria de agradecer ao torcedor, que compareceu e nos ajudou até o final. Nós falamos hoje que era pra nos entregarmos até o fim, e o grupo entendeu isso e conseguimos essa virada histórica (...) Saímos muito satisfeitos. Queremos que a grandeza da vitória tenha influência com o torcedor. Era importante depois de alguns percalços na temporada, que a gente desse uma demonstração de força como demos hoje (terça-feira). Tenho certeza que ela (torcida) estará mais confiante quando tivermos outra missão difícil".
"Penso que a equipe esteve muito bem preparada para o jogo. Se não tivesse, ao sofrer o gol, ia se desesperar, se desorganizar ou até se entregar. E não foi isso que a gente viu. Trabalhamos muito em cima disso (...) A gente tinha um planejamento para poupar contra o Coritiba. Estávamos encaminhando uma vitória boa contra o Botafogo e daqui a pouco virou tudo e não pudemos poupar contra o Coritiba e perdemos jogadores. O mata-mata é cruel por isso (...) Não vamos achar que as coisas são maiores do que são. A vitória foi grande, a vitória foi importantíssima, mas amanhã vamos começar a trabalhar pensando no nosso próximo adversário. Quem comanda um grupo, assim como eu, cuida muito para não se empolgar demais quando acontece uma vitória dessas, porque ela poderia não ter acontecido. A temporada nossa, como eu ouvi por aí, não ia acabar."
"Penso que a equipe estava bem preparada para o jogo. Senão estivesse bem, ao sofrer o gol na penalidade máxima, certamente iria se desesperar e até se entregar. Não foi isso o que vimos. Trabalhamos muito em cima disso. Falamos com os jogadores. Usamos até exemplos de grandes equipes que precisavam fazer um resultado em casa, sofreram gols e viraram em minutos (...) Continua o sonho da conquista. Vamos esperar o nosso adversário. Eliminamos um adversário com cacife para ser campeão. Eu sei que o Colo-Colo se planejou para ser campeão. Eliminamos um adversário dessa grandeza, o que nos torna mais fortes."
Daniel e vaias: "O futebol é feito de vários jogos dentro de um jogo. A situação do pênalti era uma jogada controlada na minha opinião. A gente avaliou mal, e ao avaliar mal, tomamos o gol. Teve a reação do torcedor, que a gente compreende, mas a gente não pode baixar a cabeça. A gente tem que ter força e tivemos força. Soubemos conviver com as pequenas vaias ou com as vaias ao Daniel. Somos um grupo e, nesta hora, temos que estar do lado de quem, por ventura, pode ter cometido uma avaliação errada. O futebol é bastante cruel com a posição (...) Eles estão de parabéns, porque entenderam e sentiram esse ambiente forte do Beira-Rio lotado de novo. Saímos muito satisfeitos".
"Minha escolha pelo Alemão foi óbvia. Nós íamos jogar em casa, tínhamos que reverter o resultado e eu coloquei o centroavante que vem fazendo gol. Ele vem fazendo gols. Às vezes, tem um pouco de dificuldade, mas é o jogador que devia entrar".
Ruas de Fgo e torcida: "Era importante, após alguns percalços na temporada, que a gente desse uma demonstração de força como demos hoje. Tenho certeza que o torcedor vai estar mais confiante quando teremos uma outra missão difícil, e teremos (...) O percurso que fizemos com a delegação passando pelo torcedor, o estádio, tudo isso influencia (...) "Acho que temos que valorizar mais os vencedores, porque, senão, vai ficar tudo muito vazio. Quando você perde um jogo, parece que do outro lado não tem ninguém. Tem. Tem uma equipe, tem trabalho, tem os mesmos objetivos... Aqui no Brasil quase nunca se elogia o vencedor, mas se critica muito o perdedor. Nós temos que trabalhar para melhorar essa relação, porque ela está ficando mais bélica, com adjetivos mais fortes e cruéis. Não tem sentido conviver desta maneira com algo que envolve paixão".
Sobre jogadores criticados: “São jogadores de nível de Série A. Não chegaram aqui do nada. Não podemos a cada semana dizer que alguém não serve.”