A estreia de Eduardo Coudet no Beira-Rio neste retorno ao Inter ficou longe dos sonhos e desejos do treinador. Depois de um primeiro tempo intenso e cheio de oportunidades, levou uma virada e perdeu para o Cuiabá por 2 a 1, neste sábado (29), pela 17ª rodada do Brasileirão. O resultado deixa a equipe longe do G-6. Já são cinco jogos sem vitória, e na terça-feira (1º) tem o River Plate, na Argentina, pelas oitavas de final da Libertadores.
NANDO GROSS (YOUTUBE)
Segundo jogo do Coudet e hoje dá para dizer que foi um grandíssimo fracasso, em termos de resultado, segundo tempo muito ruim, depois de um primeiro tempo que o Inter jogou bem, teve controle de jogo, com 80% de posse de bola, perdeu muitas oportunidades de gol e na bola parada, bola aérea, acabou tomando gol em um velho defeito do Internacional.
Se a gente for dar uma olhada pelo 1 tempo, até o Inter tomar o gol, no finalzinho, a impressão que passava é que o Inter fazia 1 a 0 e o reusltado era injusto. Já era para estar 2 ou 3 e tu dizia: vai golear. Isso é uma coisa no futebol que é assim, os jogadores e treinador sabem, mas não conseguem controlar e tu tenta resolver mas não rola: que é quando tu tem domínio no jogo, controla a partida, o Inter no ataque e o Cuiabá todo atrás se defendendo, então naquele momento o Inter conseguia entrar no espaço, fez um golaço com o Bustos. Agora, o Inter não conseguiu definir o jogo, que é fazer mais de um pelo menos. 1 a 0 é aquele score mínimo, onde um adversário se for uma vez no gol, putz, ele empata e todo teu domínio vai por terra. O Inter quando teve o controle não definiu, teria a vantagem mas ai tem aquela velha bola parada em contra-ataque, e o SCI acabou tomando o gol de empate assim foi para o vestiário. O Cuiabá teve uma finalização no gol, e foi gol.
Já no 2T o Inter saiu de 80% de posse para 57% e teve somente uma finalização no gol, com 4 do Cuiabá. Agora não dá para tirar de contexto a expulsão do Mercado. E hoje em dia meu amigo, jogador expulso no equílibrio que é o jogo atualmente, não... assim não dá. Perder um jogador a possibilidade de perder o jogo é muito grande. E acho que o Inter fez um bom 1T, o time mostrou entrosamento, mostrou trabalho do treinador mas acho que as alterações do Coudet não foram boas. A retirada do Johnny pelo Lara, para recompor o Mercado, naquele momento bastanta então baixar o Johnny, segura um pouco o Bruno Henrique e segue o jogo, agora naquele momento tu bota o Renê pra zagueiro, tira o Johnny - que era o primeiro volante - e bota o T. Lara, não precisava mexer tanto assim, era uma mexida e pronto. Enfim, tu reposiciona quem está em campo e baixa o Johnny, pronto, agora não quer assim? então bota um zagueiro, tava lá o Nico Hernandez, pow melhor o 1 a 1 que o 2 a 1 em casa...
O resultado 2 a 1 é trágico no Brasileiro e gera uma desconfiança danada, teve vaia no final do jogo, o Inter terça-feira tem o River Plate, campeão argentino e enfim, todo favoritismo é do River, tudo indica que o Inter perde para o River, ou seja, o Inter vai ter que se superar, a própria torcida que acredita tá com muito medo. O que é decisivo lá? é trazer pro Beira-Rio o jogo com o Internacional com vida e não morto. Imagina se o Inter vai lá e toma 2 a 0, ai pra fazer 3 a 0 no River? ou toma 3 a 0, pior ainda. Quer dizer, isso não pode acontecer.
Então o Inter vai ter que chegar lá pra jogar o primeiro jogo pra tentar decidir no Beira-Rio, e mesmo no Beira-Rio o jogo é dificílimo, porque o River hoje é um time que está melhor montado. Não é somenmte o Coudet que veio e não resolveu, o Inter vem se arrastando faz um tempão e não é de uma hora para outra. Eu critiquei o Coudet pelas alterações mas ele não tem conhecimento do grupo. Alguns estavam jogando bem mas parece que ele não estava observando, como no caso do Rômulo, que tinha que ter mais espaço. Mas tem que dar espaço pro cara conhecer e tomar suas decisões. O trabalho contra o Bragantino foi bom e o 1T contra o Cuiabá foi bom, agora o 2T começou a dar errado e quando o Mercado trata de levar o 2 amarelo, ai acabou né.
Agora vamos ver, vamos aguardar. Acho que o Inter tem um treinador que conhece o River Plate, pode fazer um bom enfrentamento, tem bons jogadores, é uma questão de organizar, e o Inter vai pra lá daquela forma que ninguém acredita no SCI. O Inter entra lá desacreditado pela sua torcida, até pelos próprios jogadores talvez, vão ter que levar um choque do técnico para chegar com energia, o Inter vai ter que lutar contra tudo isso pra se fortalecer em um jogo tão importante. O ideal seria ter uma vitória, time aplaudido no fim do jogo para o time sair com energia positiva, e não rolou. Além das dificuldades do adversário, do time, tem esse componente emocional que nesse momento quase como zebra pra ganhar do River.
MAURÍCIO SARAIVA (GE)
Em pouco mais de 90 minutos, o Inter saiu de uma atuação convincente que sustentaria a construção de uma goleada para uma derrota justa para o Cuiabá. Aránguiz, preservado, não voltou do intervalo, um prejuízo grande para a dinâmica do meio-campo.
Internacional 1 x 2 Cuiabá | Melhores momentos | 17ª rodada Brasileirão 2023
A expulsão de Mercado foi determinante para a virada cuiabana. Coudet fez opção de risco, levou Renê para a zaga, Thauan Lara no lado e o meio-campo esvaziou.
Organizado e muito leve a jogar sem qualquer cobrança que não seja evitar a queda, o Cuiabá passou a ter o controle do jogo e por pouco não chegou ao terceiro gol.
A torcida sofrida de tanta dor só vaiou no fim. Antes, preferiu o silêncio e deve estar preocupadíssima para terça-feira contra o River Plate pela Libertadores. Quando jogou bem, o Inter não foi eficaz. Quando jogou mal, levou a virada. O Inter está na segunda página da tabela há cinco jogos sem vencer.
LUÍS FELIPE DOS SANTOS (GZH)
Tem algumas questões sobre o time. É um erro a troca de John por Rochet — acredito que o antigo titular defenderia o cabeceio no primeiro lance. De Pena está fazendo hora extra como titular, e não há explicação para Renê ter terminado a partida na zaga. Mercado, experiente, deixou o time na mão com uma falta infantil.
JB FILHO (jbfilhoreporter)
Há coisas boas e más notícias. No segundo jogo do Coudet, principalmente no primeiro tempo, um novo padrão de jogo, bem definido, apareceu e foi bem mais dominante com a bola.
É óbvio que isso é pouco, mas eu diria que é a única esperança para o torcedor se apegar. Algo como ter usado o jeito de atuar para entrosar e “treinar” pensando no River.
Até por isso, Enner Valencia, poupado nos treinos, jogou. Para ir entrosando todo o time. Só que ele novamente não conseguiu fazer o seu.
Outra, é nítido que o preparo físico ainda é bem abaixo do que a proposta do Coudet pede. Ele joga em alta velocidade, pressionando alto e tudo mais. Pra jogar assim, o preparo físico tem que estar muito alto. E não é o caso. Não tem como melhorar isso até terça.
Após a expulsão do Mercado, Coudet não repôs com um zagueiro. Após, suas trocas foram sempre pró ataque. Esse é seu jeito. Ele poderia fechar e negociar o empate. É o jeito do homem.
E vai ser deste jeito que o Inter irá embarcar para a Argentina, pegar o River, campeão argentino, no Monumental com mais de 80 mil torcedores. O jogo do ano. Pra tentar salvar a temporada.
CRISTIANO MUNARI (GZH)
Coudet terminou o jogo tendo na linha de quatro do meio dois caras de aceleração pelos lados, PH e Mauricio, e dois de pouca capacidade de marcação por dentro, Bruno Henrique e Alan Patrick. Foi uma proposta ousada, mas que pagou o preço.
Jogo ficou muito no bate e volta. Cuiabá chega ao gol da virada em um contra-ataque.
Um problema da troca de técnico é que muitas vezes se repete erros que já tinham sido superados. Contra o Bragantino Matheus Dias e Campanharo entraram e mataram qualquer jogada no meio. Hoje Thauan Lara virou problema na esquerda. Jogadores que já tinham perdido espaço
PEDRO ERNESTO DENARDIN (GZH)
Time colorado não aguentou a intensidade desejada pelo seu treinador.
O Inter contratou um treinador que tem por hábito exigir velocidade e intensidade dos times que treina. Ao mesmo tempo a direção colorada lhe entregou um time repleto de jogadores veteranos. O jogo contra o Cuiabá escancarou este grave equívoco.
Jogou com intensidade máxima no início do jogo. Empurrou o Cuiabá para trás, criou situações de gol, marcou um belo gol com o lateral Bustos. Mas os veteranos foram parando. O time tomou um gol de cabeça. No segundo tempo, só o Cuiabá jogou. Mercado foi expulso porque teve de fazer duas faltas pela repetição dos ataques do adversário. O time com 10 somou dificuldades e levou o segundo gol. Poderia ter levado mais.
O time que obedeceu à intensidade do seu treinador acabou o jogo se arrastando em campo. Ou Coudet entende a capacidade física de um time repleto de veteranos ou será um desastre. O engano colorado foi trazer um treinador que tem uma filosofia que não tem relação com a realidade dos seus jogadores. Terça-feira (1) precisará ficar a bola, baixar linhas, marcar forte, não ser intenso.