Um Gre-Nal eletrizante marcou a 26ª rodada do Brasileirão. No Beira-Rio, Inter e Grêmio fizeram uma partida com altas doses de emoção. E que terminou com vitória colorada. Um 3 a 2 que faz o time de Chacho respirar na competição e alivia a dor do meio da semana. Valencia, Wanderson e Alan Patrick marcaram os gols colorados, João Pedro e Suárez descontaram. Confira algumas avaliações da crônica especializada após o clássico de número 440:
RIBEIRO NETO (BAND)
Uma vitória que foi absolutamente justa, o SCI jogou bem mais que o Grêmio, e portanto, mereceu o resultado, e olha que o resultado acabou ficando apertado. Mesmo não sofrendo de forma prática, porque o Grêmio não criou chances, teve que baixar as linhas porque acabou cansando depois dos 25 minutos: o Grêmio deu DOIS chutes e fez dois gols, com o Inter ficando sujeito ao "crime" no fim. Mas, na verdade, o Grêmio não mereceria.
O primeiro tempo, então, é uma diferença enorme. O Inter vinha de um jogo desgastante mental e fisicamente no meio da semana, enquanto o Grêmio, que vinha descansado e treinando no meio da semana, veio amorfo. O Grêmio não tinha pernas nem qualidades pra chegar a frente, e estava suscetível a pressão do Inter, que além de fazer seu gol, criou várias oportunidades. Então eu diria que o 1° tempo acabou saindo barato, porque o Grêmio não jogou absolutamente nada. Uma coisa que chamou atenção, ao contrário do Internacional, que estava disposto a faze tudo para dar um presente ao seu torcedor.
No 2° tempo o Renato muda tudo, o Grêmio tinha 3 volantes que não marcavam ninguém. O SCI se aproveitando disso teve a 2 bola, Alan Patrick com liberdade e dominava o jogo. A etapa final começa igualzinho. 2 a 0 estava sendo justíssimo e quiçá poderia ficar pior para o Grêmio. Mas ai, como é GreNal, a tal da vacina é algo inacreditável. O Grêmio consegue diminuir em falha do Rochet, e ali o jogo cria um novo cenário, o que não se esperava pela bola que o Grêmio vinha jogando. Só que o SCI ainda - parece que tirando o último suspiro físico - consegue fazer o 3 gol. Ai parece, bah, matou o jogo. Só que ai o desgaste físico realmente acabou comprometendo, colocando um time pra ficar postado e deixou o Enner sozinho. E logo na sequência uma falta, o Rochet de novo vai atrasado no lance. E o Grêmio encosta de novo, olha que loucura, na segunda finalização a gol. O Internacional, soube no entanto segurar, cadenciar o jogo. Resultado que desafoga o Inter, que fica há 4 pontos do z4, mostra para o torcedor que o time ainda tem alguma coisa para dar na competição".
M. SARAIVA (GE)
Houve momentos do clássico em que o Inter foi superior o suficiente para golear o rival desatento e pouco competitivo. Mas quando abriu 2x0 e ficou à beira de ampliar o placar, uma falha grave do goleiro que quase nunca falha colocou o Grêmio no jogo.
Alan Patrick, disparado o melhor em campo ainda faria 3x1 e de novo deixava o Grêmio à beira de ser goleado. Outra vez, uma falha do goleiro colorado em cobrança de falta de Suárez repôs o Grêmio na partida, agora com um adicional explosivo: sua condição física superior ao rival desgastado por ter jogado três dias atrás.
Antes de o Gre-Nal 440 ganhar este tom dramático, o Internacional foi superior ao Grêmio em todos os quesitos. Fez um primeiro tempo ainda melhor do que contra o Fluminense, teve a bola do jogo de novo por Valencia, que desperdiçou.
O anfitrião não descuidou na volta do intervalo, o Grêmio mexido em peças não respondeu. Ao fim e o cabo, a vitória colorada foi justíssima e fundamental, já que o Santos ganhou o clássico do Palmeiras.
Se repetir o desempenho dos dois últimos jogos, o Inter pode se candidatar a mais do que ficar longe do Z-4. Se repetir o desempenho dos dois últimos jogos, o Grêmio arrisca perder a vaga direta de Libertadores que ainda neste momento seria sua.
LEONARDO OLIVEIRA (GZH)
Foi um excelente Gre-Nal, o último do ano e um presente para os torcedores. O Inter fez 3 a 2, teve chances de construir até uma goleada, pela sua superioridade. Mas estamos falando do maior clássico do Brasil, e ele tem reviravoltas e guinadas de roteiro.
Foi com o que o Grêmio nos brindou, superando suas dificuldades e limitações, equilibrando o jogo nos últimos 30 minutos e terminando a partida em cima, pressionando e buscando um empate que pareceu inverossímil em mais de três quartos da partida. Para o Inter, o Gre-Nal mostrou seu poder e força.
O que se viu no Beira-Rio foi um abraço entre campo e arquibancada depois da dolorida eliminação na Libertadores.
Para completar a tarde vermelha, além de vencer o grande rival, o time teve uma atuação de altíssimo nível, com superioridade técnica e mostrando poder ofensivo.
VINI MOURA (GZH)
Ao mesmo tempo que um Gre-Nal, logo após o pesadelo da última quarta-feira, se tornou perigoso para os planos do Inter, ele foi a oportunidade de uma resposta imediata. Foi o que aconteceu. O time colorado e a torcida se reergueram juntos da pancada na Libertadores.
Na arquibancada, provamos que estamos ao lado do clube. No campo, o ritmo foi intenso durante 90 minutos. O Grêmio não conseguiu respirar e sempre esteve sofrendo com as tentativas ofensivas do Inter.
O resultado saiu barato. A superioridade de Eduardo Coudet foi gigantesca na disputa com Renato Portaluppi.
Apesar dos resultados, podemos afirmar que o time colorado é extremamente qualificado. Perder em uma semifinal de Libertadores não é vexame. Quando um grupo se coloca em grandes jogos ele está sujeito a esse tipo de situação, mas nada pode apagar as virtudes positivas se o psicológico for preservado. Em determinados momentos, desenhou-se uma goleada colorada.
CCD (GZH)
O Gre-Nal deste domingo no Beira-Rio foi trágico para o Grêmio. Uma derrota por 3 a 2 que tem, neste resultado, a melhor notícia da tarde. O Tricolor escapou de levar uma goleada do Inter. Uma vergonha que começou antes da partida, passou pelos 90 minutos e chegou na entrevista coletiva.
A tripla derrota tem no seu segundo capítulo um jogo de péssimas escolhas táticas e técnicas e de um comportamento patético dos jogadores. A recuperação do Grêmio passou muito mais pela força do Suárez do que por alguma ação coletiva protagonizada pelo treinador.
Os próximos dias servirão para a torcida refletir muito sobre a triste tarde do Grêmio no Beira-Rio. O trabalho escancarou uma fragilidade que o clube não havia sentido ainda no período Alberto Guerra.
MICHELLE SILVA (BAND)
Inter jogou hoje tudo o que jogou na quarta contra o Fluminense. A diferença? O resultado. Aliás, o placar do GreNal 440 é mentiroso. O Inter poderia ter feito ainda mais gols... O desempenho do time titular colorado não surpreende, basta ver para além dos resultados. Um amasso.
ALEXANDRE ERNST (VOZES)
Dia difícil para quem SECA e ENCHE O SACO com possibilidade de rebaixamento do #Inter!!! Esse time tem PERFORMANCE!!! E jamais, eu repito: JAMAIS cairá para a Série B
Já falei isso há muitos dias no meu canal: Barcellos e Melo deveriam sentar e definir, juntos, a permanência de Eduardo Coudet. Esqueçam a política e pensem no #Inter. Esse time, essa comissão técnica, com pré-temporada e tempo para trabalhar, incomodará DEMAIS em 2024
FABIO GIACOMELLI (@fabiogiacomelli)
Inter vence o clássico e, assim, pelo menos Chacho já fode uma narrativa que andava pronta por aí.
Agora vem mais um período para afinar umas quantas coisas. Claro que há os que estarão fora. Mas é uma vitória que tranquiliza um pouco para o trabalho que precisa ser ajustado.