Texto por Colaborador: Redação 20/03/2022 - 00:40

2021 terminou de maneira vergonhosa, mas Alessandro Barcellos & Cia não se dão por satisfeitos: tudo parece levar a crer que o rebaixamento no fim do ano será o curso se nada for drasticamente alterado. É pelo menos isso que acreditam alguns jornalistas colorados, enquanto a imprensa "isenta" apontou no trabalho de Roger Machado o ponto crucial para vencer o Inter. Confira algumas avaliações do fracasso alvirrubro no GreNal 436 frente um dos Grêmios mais fracos dos últimos anos.  

BALDASSO: "Essa gestão está afundando o Internacional. O presidente Alessandro Barcellos está levando o Inter ao fundo do poço na pior gestão do clube. Hoje não é nada mais de um reflexo do que está sendo feito no Internacional. O mais curioso e o que mais choca é que todos os erros que foram cometidos desde o começo da gestão Barcellos, nós avisamos: nós tomamos um chocolate do time ruim do Grêmio. O Roger empatou um time pra empatar o jogo, o Roger escalou o Grêmio com três volantes para sair vivo do Beira-Rio, e o Internacional foi monumentalmente abatido pelo time do Grêmio, no pior chocolate que eu vi o Inter tomar do Grêmio na minha vida. O Internacional não tem nada, porque o treinador do Inter não é nada, porque essa direção quis inventar a roda. O treinador assume o Inter para manter o Abel, mas ele achou - junto com seus pares - que não entendem BOSTA nenhuma de futebol, NADA de futebol, que iam reinventar o Internacional. 

Vocês estão transformando o Inter nisso, vocês estão levando o Inter para à Série B, vocês estão levando o Internacional a passar vexame após vexame, o Senhor conseguiu presidente Barcellos, no mesmo mês, dois dos maiores vexames da história do clube que o senhor torce. Nós torcedores exigimos a demissão do Medina ainda hoje. Não interessa que tem GreNal na volta, o Inter está fora, eliminado. Hoje a demissão do Medina e contratem um treinador que tenha capacidade, o Odair Hellmann, o Cuca, o Lisca, mas algum treinador que tenha capacidade, não as suas invenções. Tudo a gente avisou antes. Até o Paulo Victor jogar o GreNal a gente avisou antes... ta ai oh, a gente sabe o que vai acontecer. Os únicos que não sabem são vocês que estão comandando o Internacional. Vou dizer uma coisa para o senhor (presidente): eu não estou pedindo a sua renúncia, estou dizendo que o senhor deve refletir se realmente tem condições de fazer alguma coisa a partir de agora pelo Internacional. Se o senhor chegar a conclusão que não é capaz, ai o senhor pede a renúncia. Seria uma atitude grande. Porque a condução das coisas desde que o senhor assumiu são as piores conduções que eu vi ter na história do Internacional. Nós não temos NADA. Jogamos um GreNal hoje com a repetição de todos os jogos do ano. Um time exposto defensivamente pelos lados do campo, o Elias fez a festa com toda a liberdade que ele teve e o time do Medina deu. O Inter do meio para frente é uma vergonha, burocrático, um time que não tem jogada, não tem absolutamente nada. Um treinador ruim que conseguiu voltar pior ainda para o 2t, como sempre. Um treinador sem soluções e com escolhas que não tem capacidade de ser treinador do Internacional. Senhor presidente Alessandro Barcellos o senhor está levando o Inter ao fundo do poço, mas o senhor vai ser presidente até o fim do ano que vem. Por incrível que pareça pode pior, porque nós temos um campeonato brasileiro que hoje está desenhado: o Inter vai cair para à Série B. Então o senhor mude este destino. Se o senhor não demitor o Medina agora no vestiário é porque o senhor está se escondendo."

ROBERTO PAULETTI: "Foi o GreNal dos treinadores. Esse treinador do Internacional, olha, sinceramente, eu já teria demitido ele. Depois desse jogo ai o Inter não vai conseguir reverter a situação. Treinador que faz o que ele fez, em 25 min eu falei: os 5 jogadores de meio de campo estão perdidos. Eles não sabem nem se movimentar. O Taison e o Maurício assistiram o jogo quando estavam em campo. O Taison é uma vergonha, é um jogador médio. Não sei daonde acham que o Taison é líder. Quando o time precisa ele não entrega absolutamente nada. Não dá... E eu ainda comentei: tem que tirar um dos volantes (Liziero ou Gabriel), que vocês também sabem: são dois jogadorzinhos de segunda categoria. Não existe esse Gabriel como volante não existe, o Johnny é muito melhor do que ele. O Liziero é um tocador de bola para o lado, o Estevão da base joga mais do que ele. Então tinha que ter tirado um dos dois e botado um atacante. Porque o pobre do David - que por sinal jogou bem - está contra três defensores do Grêmio, mas será que só o treinador do SCI não enxergou isso? Como que pode ele deixar o jogador lá e está tomando uma roda. O time do Internacional chutou uma bola no gol em cada tempo. O treinador não enxerga isso? ele não vê o óbvio? Liziero e Gabriel não existem, não podem jogar no SCI. E ainda por cima estão matando o Edenílson, para quem acha que ele está se escondendo não; ele está sendo assassinado por essas nabas que estão ao lado dele. Olha, sem treinador também não vai. O grupo do Inter é ruim? não, é médio. Agora não tem treinador. 

Ele (Medina) ainda me bota o Wesley. Quem não viu que o cara não tem condições: ele manca! Não pode jogar futebol profissional de primeira linha. Ai a gente vai para as entrevistas. O Medina parecia um autista, falando do jogo: o Inter teve controle, o Inter tomou dois gols quando tava bem no jogo. O Internacional precisa de tempo. Vem cá, esses caras vivem em qual mundo? Ai vem o Papaleo dar uma entrevista ... O que está acontecendo no Internacional? Porque não colocam gente que entende de futebol? O Tinga está aqui, o Falcão, o Dunga, toda essa gente está aqui, porque não bota alguém que entende lá dentro do SCI. 

O Grêmio ganhou o jogo porque o Roger entendeu que ele foi muito mal no 1 jogo, botou 3 no meio de campo, quando o Inter atacava pela esquerda era o Campaz, pela direita o Elias, pronto, fechou o meio de campo e foi no contra-ataque. Aliás, o Paulo Victor é sofrível, não pode jogar. O Internacional é um vexame, esse treinador esquece, e a diretori do Inter fala só do GreNal, o Grenal foi UM jogo, o Inter foi eliminado pelo GLOBO! O Internacional foi terceiro colocado no Gauchão da primeira fase e os caras ficam falando de UM GreNal? Como se fosse a coisa mais importante. O GreNal não representa absolutamente nada. A gestão do futebol do Internacional e o trabalho do Medina até agora são medíocres. E vai continuar sendo assim, o Internacional se não mudar esse treinador e colocar gente que entende de futebol no vestiário e na direção vai cair para à Série B. Não tem com arrumar o time quando o treinador não vê o óbvio. Que não vê que com 20 minutos a estratégia do adversário está te engolindo e não mexe. O Internacional perdeu e pode refazer tudo, mas não com esse treinador, com essa direção que nós estamos vendo aqui. É uma pena ter que ser ácido hoje mas é desse jeito que eu vi. Tem o lado bom: pode fazer um desmanche com alguns (Mendez, Mercado, PV, Gabriel e Liziero) e usa a nossa base, faz voltar o Moledão, chega de botar essas nabas em campo pessoal. É isso que precisa alguém que entenda de futebol no Internacional."

NANDO GROSS: "Diretoria do Inter cumprindo a promessa de fazer uma "ruptura" no futebol do clube. Definitivamente destruíram tudo o que havia no Beira-Rio. Pegaram um time vice-campeão brasileiro e transformaram nesta mediocridade. Não é fácil fazer isso tão rápido, só com uma ruptura mesmo."

LELE: "Quando eu tiro férias, vazo mesmo daqui. Mas diante de mais esse fiasco do Internacional, não tem como ficar calado. Derrota TODA na conta do Presidente Alessandro Barcelos que não fez a VASSOURADA obrigatória após o vexame contra o Globo. Taí o resultado. Futebol é simples.

Sobre o campo: time do Inter hoje entrou pra jogar um jogo qualquer. E quem entra assim em Gre-Nal fica pra história como protagonista de FIASCO. Enquanto o outro lado comia a grama nossos “craques” estavam preocupadíssimos em jogar bonito.

Já perdíamos por 2x0 e vi tentativa de passe de calcanhar. Patético. Kaique Rocha falhou bisonhamente no primeiro gol. No segundo, (mais) uma entregada do Cuesta seguida de (mais) uma falha técnica medonha do Daniel.

Na casamata, um profissional completamente perdido. As substituições que Medina faz são, na grande maioria, inexplicáveis e quase nunca melhoram o time. Hoje ele conseguiu tirar do campo os únicos que criavam alguma coisa.

Fora do campo, mais um ato de violência da nossa torcida e, dessa vez, DENTRO do estádio. Quem quer REALMENTE batalhar contra isso precisa exigir que o Inter seja punido e o “torcedor” identificado, processado e - se for sócio - excluido do quadro social. No mínimo.

Gre-Nal de hoje é a segunda oportunidade clara que o Presidente do Inter tem de fazer uma limpa geral no futebol dentro e fora das quatro linhas. Errar é humano. Persistir no erro…" 

DIOGO ROSSI: Roger foi muito inteligente. Corrigiu os erros e transformou o time do Grêmio para vencer o jogo.

A primeira coisa foi dar liberdade para Bitello e Lucas Silva jogarem numa linha imaginária. Entre os volantes do Inter. Aliás, isso foi bastante treinado. E eu informava na BandRS que o Grêmio identificou liberdade ao adversário no primeiro jogo.

A segunda atitude foi Campaz aberto na direita com liberdade criativa e obrigação de marcar pelo menos até o meio. Medina tentou a mesma estratégia. Quando tentou mudar, passando Taison fixo pra esquerda pra bater direto com Rodrígues, o time do Inter já perdia de 2 x 0. Treinador uruguaio me pareceu ter sido muito surpreendido (o que preocupa).

No segundo tempo, com Wesley, a equipe ganhou referência e travou um pouco a facilidade dos zagueiros.

Mas Inter seguiu sem FINALIZAR. Time Colorado tem muita dificuldade nesse fundamento.

Árbitro teve dois erros: pênalti não marcado pro Inter e faltou expulsar Bruno Mendez.

Inter me preocupa o fato da falta de indignação. Time sente o baque e não tem capacidade de reação."

MAURÍCIO SARAIVA (GE): "Se Cacique Medina escapou da degola na vitória do Gre-Nal na fase classificatória, o 3x0 que o Grêmio impôs no Gre-Nal do Beira-Rio recoloca o técnico argentino em zona de altíssimo risco. O fato de a vitória gremista passar diretamente pela mão de Roger Machado torna tudo mais pesado para o treinador uruguaio.

O comandante do Grêmio soube entender as razões da derrota anterior. Além de conseguir mudar drasticamente a atitude dos seus jogadores, o ingresso de Bitello arredondou o meio-campo. Villasanti parecia ter nascido primeiro volante e Campaz, em duas semanas, aprendeu sobre jogo tático mais do que em toda carreira pregressa.

Bitello jogou área a área e saiu esgotado. Do outro lado, Edenilson fracassou de novo como protagonista, carrega com Cuesta o peso de não conseguir liderar um processo vitorioso nos momentos mais graves. Taison tentou, Daivid também, não foi o bastante para melhorar um time pouco criativo e vertical. O Grêmio será finalista do Gauchão pouco depois da meia-noite de quarta para quinta-feira."

DOUGLAS CECONELLO (GE): "Uma contundente prova de que vivemos tempos nada razoáveis é de que nem mesmo a máxima "Gre-Nal arruma a casa" é mais respeitada. Pouco mais de uma semana depois de vencer o rival de forma indiscutível e supostamente ter varrido a sala, estendido a cama e arrumado os móveis do Beira-Rio, o Internacional acabou impiedosamente desossado pelo Grêmio na primeira partida da semifinal do Gauchão. Ao técnico Roger Machado, coube o papel de diligente síndico das ruínas coloradas que ainda ousavam se manter em pé às margens do Guaíba no final da tarde de sábado.

A elástica vitória do Grêmio, que há 45 anos não vencia por três ou mais gols no estádio rival (em 1977, havia feito 4 a 0, por coincidência também quando o Inter estreava novo uniforme), passa de forma indissociável pela forma como Roger trabalhou em cima do clássico anterior, quando sua equipe teve postura e desempenho obscenos. Do outro lado do espectro Gre-Nal, por consequência, o fiasquento resultado também está vinculado à inocência oriental de Alexander Medina, aparentemente convicto de que bastaria fazer exatamente a mesma coisa do embate de poucos dias atrás. Ou, quem sabe, talvez o técnico uruguaio, acostumado aos encalacrados perrengues entre Nacional e Peñarol, tenha acreditado que um placar de três gols em um clássico é uma espécie de miragem -- e uma derrota assim seria um pesadelo jamais sonhado, nem sequer em algum turbulento trajeto de ônibus entre a Ciudad Vieja e Tacuarembó.

Pressionado pelo que sucedera dias atrás, o Grêmio entrou em campo novamente precavido, mas dessa vez posicionava Elias e Campaz abertos pelos lados para aproveitar a indigente linha alta proposta pelo comandante colorado. Mesmo que o Inter tenha conseguido repetir certo predomínio e contado com a posse de bola, esse unicórnio moderno, estava claro que a arapuca tricolor estava sempre a dois centímetros de lhe abocanhar o tornozelo. As falhas bizarras dos zagueiros Victor Cuesta e Kaique Rocha, somadas ao salto com as mãos no bolso do arqueiro Daniel, facilitaram a vida gremista, mas possivelmente a vitória aconteceria de alguma forma -- após o inexplicável respeito demonstrado na primeira partida, Roger Machado entendera que o Inter de Alexander Medina é um tigre de papel (ou um pequeno gato doméstico que gosta de fazer da bola um inofensivo novelo de lã).

Se o trabalho de Alexander Medina é forte concorrente ao pior começo de temporada no Beira-Rio em muitos anos, algumas coisas -- um certo estado de espírito, por exemplo -- permanecem inalteráveis, como o desequilíbrio emocional do Inter após sair atrás em um clássico. Desde o trauma irreparável de 2016, o Inter é um time (e um clube) sempre à beira de um ataque de nervos. Mesmo diante de um Grêmio cambaleante que ainda não sabe bem o que lhe espera na Série B, mas que parecia o mais fleumático cirurgião quando precisou dobrar a equipe colorada e colocá-la no bolso para seguir assobiando rumo ao possível pentacampeonato estadual".

FILIPE DUARTE: O fato do Inter ter vencido "só" por 1x0 o último Gre-Nal (qdo Grêmio apresentou falhas graves de marcação), mostrou o quão deficiente é o setor ofensivo colorado. Hoje o clássico escancarou os desencaixes defensivos. O trabalho de Cacique Medina, há 3 meses no cargo, é bem ruim. 

CARLOS GUIMARÃES: "Foi um nó tático e técnico.

Medina disse que o Inter foi protagonista. Eu gosto desse conceito em que o protagonismo é ficar com a bola e não estar vencendo.

Medina sobre a derrota: "É do futebol, temos que seguir tranquilos. Uma oportunidade linda de fazer um grande jogo na Arena". Isso foi dito agora pelo treinador do Internacional.

O discurso era: profissionalismo, inovação, modernidade, ruptura e ciência.
Na prática:

- Vice de futebol diz que Inter tem que jogar "como a escola gaúcha de futebol";
- Na crise, quem sai é o profissional;
- Executivo não é reposto;
- Quem responde pelo futebol é o abnegado."

 

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