A atual edição do Mundial de Clubes, sediada nos Emirados Árabes Unidos e com sete equipes na disputa (os campeões de todas as seis confederações continentais, além do representante do país-sede), deve ser o último torneio neste formato.
Após o Chelsea conquistar o título sobre o Palmeiras no último sábado (12), a Fifa, prometeu um novo modelo, com 24 clubes, tendo oito europeus e seis sul-americanos, e sendo disputado a cada quatro anos.
Essa discussão sobre a nova fórmula do torneio começou em 2019, quando a Fifa anunciou a possibilidade de mudança pela primeira vez. No ano passado, o assunto voltou a repercutir, isso porque o presidente da entidade, Gianni Infantino, esteve presente na premiação do campeão Bayern de Munique, último vencedor da competição, e, na ocasião, afirmou a necessidade de “estimular o futebol de clubes no mundo inteiro”.
Para os clubes europeus, e até mesmo os torcedores, a Uefa Champions League ainda é um torneio mais valorizado e cobiçado que o Mundial de Clubes, pelo nível de dificuldade e faturamento. Um exemplo dessa falta de competitividade está nos campeões das últimas edições. A última vez que um europeu não conquistou o torneio foi em 2012, quando o Corinthians venceu o Chelsea na decisão. Nos últimos 14 anos, os times do velho continente venceram 13 vezes.
Embora essa mudança possa significar uma rentabilidade mais expressiva para os clubes que disputarem a competição, se olharmos o lado esportivo para as equipes sul-americanas, a vantagem já não é tanta. A conquista do Mundial continuará sendo uma missão ingrata, sobretudo porque haverá mais times europeus na disputa, detentores de um poderio aquisitivo maior que os da América do Sul.
A distância das equipes do futebol brasileiro ainda é considerável se comparada com o futebol que é jogado em alto nível na Europa. Em termos de estrutura, nível de investimento e qualidade dos atletas, principalmente quando falamos das principais estrelas do futebol mundial, há uma diferença. Um exemplo disso é a saída precoce de nossos atletas, que mal se desenvolvem aqui, para, posteriormente, brilharem nos grandes times da Europa.
Fonte base: Band Sports